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Exportações de despojos voltam à pauta
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Publicado em 09/04/2014Criar uma comissão para estabelecer, em 60 dias, normas de certificação para exportação de despojos por pequenos e médios frigoríficos. Esta foi a proposta da consultora de Defesa Agropecuária da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Tânia Lyra, apresentada durante audiência pública na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR) da Câmara dos Deputados.
No encontro realizado nesta terça-feira (08/04), foram debatidos os prejuízos causados pela revogação da circular nº 279/2004, que permitia a exportação de despojos por estabelecimentos que não estivessem habilitados a exportar seus produtos diretamente. Com o fim da circular, pequenos e médios frigoríficos ficaram impedidos de vender os despojos para outros países. A representante da CNA explicou que a comissão seria formada por representantes dos produtores rurais e das indústrias.
“Nós temos que respeitar não só os grandes frigoríficos, como também os pequenos e médios que têm autorização do sistema brasileiro e seguem as regras e os procedimentos padrões de higiene”, afirmou Tânia Lyra.
Os despojos são subprodutos do abate de bovinos, sendo alguns deles exportados principalmente para países do continente asiático, como Hong Kong. Segundo a consultora da CNA, o Brasil tem condições suficientes de exportar essas proteínas de baixo custo para atender à população mais pobre destes países. Esse mercado movimenta US$ 300 milhões por ano. De acordo com Tânia, os despojos exportados são considerados não comestíveis no Brasil, e se não forem vendidos para o exterior, serão descartados como resíduos orgânicos.
Participaram da audiência pública o secretário-substituto de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Marcos Valadão, o diretor-substituto do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA) do MAPA, Leandro Feijó, o presidente do Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários, Wilson Roberto, e o presidente da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), Péricles Salazar. Com informações da CNA. |
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