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Adriano Garcia
MTb 10252-MG

 

O tombo no preço do milho

 
 
 
Publicado em 15/07/2014

A decisão de segurar as vendas antecipadas de milho, na expectativa de que as cotações subissem, pode custar caro ao produtor brasileiro. Com a colheita da segunda safra do cereal (a chamada "safrinha") da temporada 2013/14 ganhando ritmo no país e a sinalização de que as lavouras dos EUA evoluem sem grandes dificuldades no ciclo 2014/15, o cenário de preços se torna cada vez mais sombrio para o segundo semestre - o que já levou os agricultores a pedirem apoio do governo para escoar a produção.

Nas contas da Safras & Mercado, cerca de 35% da atual safrinha de milho do Brasil foi negociada até a primeira quinzena de julho, percentual bem inferior ao estimado para o mesmo intervalo de 2013 (60%). Da primeira safra, colhida no início de 2014, 80% estão comprometidos, ante 95% há um ano. "Temos uma situação internacional de preços desabando e poucos compromissos de exportação do milho brasileiro, o que deverá exercer maior pressão de baixa sobre o grão no mercado interno nas próximas semanas", observa Paulo Molinari, analista da consultoria.

A redução da safra de verão de milho no Brasil, a especulação cambial - o dólar chegou a R$ 2,40 no fim de janeiro, mas já caiu a R$ 2,20 - e a indicação de queda na área plantada nos EUA em 2014/15 estimularam os agricultores a segurar a comercialização. Entretanto, essas questões foram perdendo força e, mesmo assim, grande parte dos agricultores não aproveitou as oportunidades de venda. Em Sorriso (MT), um dos mais importantes polos de produção no país, houve ofertas a R$ 15 por saca em abril, com entrega para agosto e setembro. Hoje, os valores oferecidos por algumas tradings giram em torno de R$ 10.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima uma queda de 4,1% na colheita total de milho no Brasil em 2013/14, para 78,2 milhões de toneladas. Mas com a projeção de exportações quase 20% menores este ano, aumenta o desafio de escoar a produção no mercado interno. De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex/Mdic), o país enviou ao exterior 5,4 milhões de toneladas de janeiro a junho, ainda longe das 21 milhões de toneladas que a Conab prevê para todo o ano.

E não será fácil dar destino a tanto milho. A China está com os estoques aparentemente cheios e não deverá importar quantidades significativas até o fim do ano, conforme Pedro Dejneka, sócio-diretor da corretora AGR Brasil, sediada em Chicago. "Assim, os países produtores vão ter que competir uns com os outros pelos compradores que restaram, pressionando ainda mais os preços", afirma.

Em Mato Grosso, maior Estado produtor de milho do país, o volume negociado até agora alcançou 30,2% da produção, estimada pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) em 15,4 milhões de toneladas. Na comparação com o ano passado, as vendas estão atrasadas em 4,1 pontos percentuais.

"Devido ao excesso de chuvas, plantamos o milho fora da janela ideal e imaginamos que isso reduziria a produtividade. Mas fomos surpreendidos", afirma Ricardo Tomczyk, presidente da associação de produtores do Estado (Aprosoja-MT). As chuvas vieram após a semeadura e, com o clima favorável, a produtividade média está estimada entre 80 e 85 sacas por hectare, ante as 70 sacas previstas no início do plantio. Atualmente, conforme o presidente da Aprosoja-MT, a cotação do milho local varia de R$ 10 a R$ 14,50 por saca, enquanto o custo de produção está em R$ 13.

Para evitar o prejuízo dos produtores, a entidade solicitou ao governo federal a realização de leilões de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro), uma subvenção econômica concedida a agricultores ou cooperativas quando o preço do produto está abaixo da referência oficial estipulada (que é de R$ 13,56 para Mato Grosso). A iniciativa foi seguida por entidades de Mato Grosso do Sul, Bahia e Goiás.

Em Goiás, o preço mínimo estabelecido pelo governo é de R$ 17,46 por saca. O problema, diz Bartolomeu Braz, vice-presidente institucional da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado (Faeg), é que por esse valor o produtor não vai querer vender e não há onde colocar tanto milho. "Será uma catástrofe se o governo não aprovar o Pepro logo, porque no verão vem a colheita de soja e teremos que tirar o milho dos armazéns para dar lugar à oleaginosa", afirma Braz, que também é presidente da Aprosoja local. Nos cálculos dele, 40% das 6,2 milhões de toneladas que deverão ser colhidas nesta safrinha em Goiás estão comprometidas, ante uma média normal de 60% para este período do ano.

Em Mato Grosso do Sul, a comercialização do milho está em linha com a média histórica para o período (em 20%), mas os preços estão deprimidos. De acordo com Lucas Galvan, assessor técnico da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado - FAMASUL, os negócios saíam a R$ 19 por saca até o mês passado, mas caíram para R$ 16 atualmente e rumam para entre R$ 14 a R$ 15 "nos próximos meses". Conforme Galvan, Goiás só consome 15% do milho que produz e estima exportar outros 15%. O restante, diz, precisará de ajuda do governo para ser levado ao Nordeste e a São Paulo.

Por meio de sua assessoria de imprensa, o Ministério da Agricultura informou que está sendo preparada uma portaria para definir as regras do Pepro. Mas ainda não há data para o início dos leilões.

Mesmo os produtores da Bahia, que atendem basicamente o Nordeste, já pediram a intervenção federal. A saca de milho no Estado está em R$ 21,50 - abaixo do mínimo de R$ 21,60 -, mas a tendência é chegar aos R$ 17 por saca, de acordo com Luiz Stahlke, técnico da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba). "Neste ano, há ainda pressão da maior oferta vinda do Centro-Oeste para concorrer com a produção local".

A Bahia tem um calendário de produção diferente do Centro-Sul e ainda está colhendo a primeira safra de milho. A estimativa é que 50% da colheita (estimada em 2,4 milhões de toneladas) esteja vendida, patamar semelhante ao de anos anteriores. Porém, Stahlke avalia que, sem o Pepro, os produtores deverão segurar as vendas até janeiro. Nas contas da Aiba, a subvenção para a Bahia deverá custar aos cofres públicos até R$ 100 milhões.

No Paraná, segundo maior produtor de milho do país, a colheita da safrinha alcança 14% da área plantada, mas há duas semanas as vendas estão estacionadas em 7% da produção prevista, de acordo com o Departamento de Economia Rural do Estado (Deral). Há também 30% da primeira safra para ser negociada.

A Cocamar, cooperativa agrícola com sede em Maringá (PR), tem ainda 170 mil toneladas da safrinha de 2013 em seus armazéns e, para este ano, estima uma colheita recorde de 850 mil toneladas. Até o momento, foi negociada 10% da produção esperada, ante 15% há um ano. "Investimos em armazenagem nos últimos anos, mas não será simples acomodar todo esse volume de milho", avalia o gerente comercial do grupo, Antônio Sérgio Bris.

De acordo Bris, os preços na área de atuação da Cocamar estão na casa dos R$ 18 por saca, muito próximos do mesmo período de 2013 - mas, naquele momento, não havia tamanho excesso de oferta. E a soja está também três vezes mais valorizada que o milho, quando o normal seria duas vezes e meia. Por isso os produtores, quando precisam vender, dão preferência à soja. "Como está capitalizado e tem a soja para pagar as contas, o agricultor tem tempo para esperar. Se romper os R$ 20 por saca, acho que os negócios voltam a fluir", conclui o executivo. Com informações do Valor.


 


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