Publicado em 01/08/2014A demanda de carne bovina em 2025 exigirá qualidade e sanidade e para atender esta mudança de comportamento da população, a produção deverá ser planejada, padronizada, rastreada e certificada. A afirmação foi feita diretor da SRB – Sociedade Rural Brasileira, Francisco Vila, durante palestra ministrada na Etapa Campo Grande do Circuito Expocorte.
Segundo Vila, para continuar na pecuária o produtor terá apenas três opções: modernizar, arrendar ou vender suas terras. “Não será possível permanecer na atividade apenas fazendo como os nossos avôs faziam. Até 2025, pelo menos 30% dos pecuaristas sairão da atividade, ou seja, venderão suas terras”, afirmou Vila durante a palestra ‘Sucessão familiar: Minha fazenda em 2025’.
O especialista destacou que na pecuária tradicional, de décadas anteriores, o animal permanecia 36 meses no pasto, agora o bovino é abatido com 24 meses, mas a tendência é de vendas antecipadas. “Em 2020, iremos vender nosso boi ao frigorífico antes mesmo de comprar o sêmen, já estamos tecnicamente prontos para isso”.
Vila ressaltou que o grande desafio da sucessão familiar é a transição de liderança e tornar o negócio familiar atrativo para os filhos. “É preciso reestruturar, reinventar, fazer uma reengenharia dos nossos negócios. No caminho da pecuária, a terra é o patrimônio, o boi é a receita, a tecnologia é o conhecimento”, enfatizou Vila, afirmando que no mercado onde se produzirá cada vez mais com menos pessoas, é fundamental a motivação. Com informações da Famasul.