Publicado em 11/08/2014A expectativa para este ano é de que a produção de gado de corte do país consuma quase 2,6 milhões de toneladas de ração, 3% a mais que em 2013. A estimativa é do Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações). A comercialização de ração para gado tem aumentado em Mato Grosso, com a chegada do período da seca e a valorização da arroba do boi no mercado.
Em uma fábrica de rações no município de Tangará da Serra, a 242 quilômetros de Cuiabá, o número de vendas aumentou no primeiro semestre em 15% no comparativo com o ano anterior.
A expectativa do empresário Valdir Perin Souza é de que essa porcentagem se repita no segundo semestre deste ano, motivo suficiente para aumentar a empresa. “Estamos ampliando um espaço em 750 metros, justamente para tentar atender mais o pessoal da nossa região”, afirma.
O aumento da demanda no estado está relacionado, entre outros fatores, ao maior número de animais confinados nesta entressafra. Segundo levantamento do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), as intenções de confinamento de gado em Mato Grosso aumentaram em 2,6%, chegando a mais de 745 mil cabeças. Além disso, a queda no preço da ração também colabora para o aquecimento do mercado.
Assim como a ração pronta, a venda de suplementos – também conhecidos como “núcleos” – aumentou. Em uma fazenda em Tangará da Serra, o produto é misturado ao farelo de milho e soja para alimentar os atuais 4,5 mil bovinos confinados.
No local são produzidas diariamente 80 toneladas de ração. O rebanho confinado deve aumentar nos próximos meses e a quantia deve ser elevada para 110 toneladas. “No ano passado, confinamos 6 mil cabeças e agora temos a pretensão de chegar a 7 mil até o final do ano”, diz o gerente da fazenda, José Carlos da Silva.
Em outra propriedade da região, o consumo por suplementos também foi elevado. Mais de 10 mil animais são alimentados todos os dias com uma mistura de bagaço de cana, farelo de soja e milho, núcleo, ureia protegida e medicamentos homeopáticos.
O gerente da unidade, Leonardo Mello, espera um aumento de 30% na produção de ração. “Vamos ter mais cabeças no confinamento, um incremento de 30%, e consequentemente um aumento na produção de ração para esses animais”. Com informações da Globo.com