Publicado em 16/10/2014A senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) foi reeleita nesta quarta-feira presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e segue para seu terceiro mandato, por mais três anos. Ela está à frente da instituição desde 2008.
Entre os 22 presidentes de federações estaduais de agricultura que votaram — a entidade é formada por 27 — um votou em branco e 21 votaram a favor da chapa única, encabeçada por Kátia.
A eleição, que começou no período da manhã e se estendeu até meados da tarde de ontem, havia sido marcada inicialmente para terça, mas uma liminar concedida na última sexta-feira pela Justiça do Trabalho suspendeu o processo. Ontem mesmo, a CNA conseguiu reverter a decisão judicial e manteve a eleição.
A liminar que adiou a eleição em um dia foi movida pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Paraná (Faep), uma das três entidades, além da Famato (Mato Grosso) e Faesp (São Paulo), que vêm nutrindo insatisfações quanto à gestão de Kátia.
Nessa ação, a Faep questionava que a presidente Kátia não poderia se candidatar novamente, uma vez que não é mais proprietária rural, logo não é também empregadora rural, como manda a legislação trabalhista. Alegava ainda que o presidente interino da CNA, José Martins, novamente candidato a primeiro vice-presidente, conduziu o processo eleitoral mesmo sendo um dos integrantes da chapa única encabeçada pela presidente licenciada.
A Faep também contestava as documentações apresentadas por alguns dos 15 candidatos a diretores da chapa. Segundo a ação, havia casos de candidatos que comprovaram ser proprietários rurais somente após a inscrição da chapa, contrariando o estatuto da CNA, segundo a federação paranaense.
A CNA reapresentou as documentações e provou, junto à Justiça, que o seu estatuto permite que o próprio presidente conduza a eleição.
Henrique Arake, advogado da Faep, porém, disse ao Valor que já entrou com recurso no mesmo Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região, em Brasília, reafirmando os mesmos argumentos para, desta vez, anular a eleição da nova diretoria da CNA. Com informações do Valor.