Publicado em 31/10/2014O Marfrig informou que a recusa de trabalhadores de aceitar banco de horas não pesará na decisão sobre as condições de manter o frigorífico de Alegrete (RS). O quadro rejeitou o mecanismo em assembleia na terça-feira passada. Em nota nesta quinta-feira, a empresa, que reúne ainda mais três unidades – duas de abates em São Gabriel e Bagé e uma de corned-beef em Hulha Negra - lidera em processamento de carne bovina no Estado e apontou que a manutenção da planta, cujo contrato de aluguel vence em 7 de novembro, depende de disponibilidade de matéria-prima.
O banco de horas ajuda na compensação de períodos de queda na produção animal, hoje verificados em janeiro e fevereiro e junho e julho. “A decisão dos trabalhadores não interfere na avaliação de uma operação cujo maior entrave é a sazonalidade e a oferta irregular, impedindo a produtividade”, diz a nota da assessoria de comunicação. A ampliação da rastreabilidade bovina é apontada como alternativa para elevar a oferta de animais destinados à exportação, uma das estratégias de mercado para escoar os produtos das unidades gaúchas.
A companhia está negociando com o governo estadual a concessão de incentivos fiscais para reduzir custos da operação gaúcha. A Secretaria da Fazenda (Sefaz) concordou em isentar o ICMS na importação de itens industrializados feitos por meio do porto do Rio Grande, desde que sejam mantidas abertas as plantas e assegurados os empregos. Alegrete tem quase 700 empregados. A proposta da Sefaz foi encaminhada à direção da holding, que ainda não se posicionou.
Nesta quinta-feira, técnicos do Marfrig se reuniram com a Fepam para tratar de adequações da unidade de Alegrete, com licença de operação a ser renovada. Em janeiro, o Marfrig pediu a renovação, que depende de cumprimento de ajustes de tratamento de resíduos industriais e de animais. A empresa chegou a ser autuada em abril, com multa de R$ 22.787,00. A empresa apresentou defesa. A Fepam informou que as medidas atendem a atualizações. A assessoria da empresa disse que a questão ambiental não interfere no futuro da operação. Com informações do Jornal do Comércio.