Publicado em 15/05/2015O Ministério Público do Trabalho (MPT), em ação no Paraná e no Rio Grande do Sul, interditou uma unidade da Big Frango/JBS em Rolândia (PR) e uma unidade de abate bovino da Marfrig em Bagé (RS). O motivo das duas intervenções tem a ver com o risco à saúde e segurança dos trabalhadores, segundo o MPT.
O frigorífico de frangos da JBS abate diariamente em torno de 400 mil frangos e emprega aproximadamente quatro mil trabalhadores e teve sua interdição confirmada na tarde dessa quarta, dia 13. A unidade de Bagé da Marfrig paralisou suas atividades na manhã desta sexta, dia 15. A planta abate, em média, 750 cabeças por dia, a maioria das raças Hereford e Angus. E conta com 891 trabalhadores.
Ação no Paraná
Os auditores fiscais do trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego encontraram irregularidades graves na unidade da Big Frango em 45 máquinas, que foram interditadas por apresentarem riscos à saúde e segurança do trabalhador, sendo quatro das interdições relacionadas à ergonomia. A produção da fábrica foi parcialmente interrompida em razão das interdições ocorridas nas máquinas e equipamentos. Na força-tarefa, constatou-se que alguns dos trabalhadores chegavam a fazer movimentação manual de cargas acima de 30 toneladas.
A operação contou com apoio operacional de inteligência e segurança institucional da Polícia Militar do Paraná e foi acompanhada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores da Alimentação, Federação dos Empregados nas Indústrias de Alimentação do Paraná e Sindicato dos Trabalhadores na Alimentação de Arapongas e Rolândia.
Interdição no Rio Grande do Sul
A comunicação oficial sobre a interdição da unidade da Marfrig foi feita durante reunião com executivos da empresa na própria fábrica. Durante a paralisação dos serviços, em decorrência da interdição, os empregados devem receber os salários como se estivessem em efetivo exercício, nos termos do §6º do art. 161 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Com informações do Canal Rural.