Cotações Mapas Notícias em seu e-mail
Precisa vender? Mais de 6.000 visitantes diariamente esperam pelo seu produto aqui no Pecuaria.com.br. Clique aqui e veja como e facil anunciar!
Arroba do Boi - R$ (À vista)
SP MS MG
230,00 221,00 209,00
GO MT RJ
213,00 213,00 210,00
Reposição - SP - R$
Bezerro 12m 1790,00
Garrote 18m 2180,00
Boi Magro 30m 2590,00
Bezerra 12m 1400,00
Novilha 18m 1720,00
Vaca Boiadeira 2020,00

Atualizado em: 26/4/2024 09:07

Cotações da Arroba: SP-Noroeste, MS-Três Lagoas, MG - Triângulo, GO - Região Sul, MT - Rondonópolis, RJ-Campos
Clique aqui e veja cotações anteriores

 

 

 

 


 
Receba, diariamente, em seu
e-mail nosso boletim com os assuntos que mais interessam
ao profissional do setor.

Clique aqui e inscreva-se gratuitamente.


Adriano Garcia
MTb 10252-MG

 

JBS fala sobre fechamento de unidades

 
 
 
Publicado em 22/07/2015

O país atravessa o pior ano das últimas duas décadas e a crise econômica afeta parcialmente as operações da JBS, maior empresa de proteína animal do mundo. Nos últimos dois meses, a empresa fechou cinco frigoríficos de carne bovina no país.

Mas o presidente da companhia, Wesley Batista, diz que a crise econômica não é o que mais preocupa. "Todo ajuste é dolorido, mas achamos que em 2017 ou 2018 o país volta para o trilho. O que nos preocupa é que o Brasil está perdendo competitividade", diz Batista, que lidera os negócios de uma empresa presente em mais de 20 países.

No exterior, a disposição de investir continua alta. Nos últimos 30 dias, fez duas aquisições na Europa e nos EUA que somaram US$ 3 bilhões e serão pagas com os R$ 14 bilhões em caixa e financiamento nos EUA. "Acessar o mercado de capitais de outros lugares do mundo, sem o custo Brasil, é um benefício da JBS", diz.

Em entrevista à Folha, ele ainda defendeu a nova campanha publicitária da Seara, a marca de alimentos industrializados da JBS, que gerou polêmica com a rival Sadia. "Para mim, 'S' é de Seara."

*

Folha - Como está o mercado brasileiro de proteína animal?
*Wesley Batista - * O segmento de carne bovina passou o semestre mais difícil dos últimos anos. Houve uma queda muito grande das exportações e a economia brasileira está num momento super desafiador, com um PIB negativo. Os consumidores estão olhando opções para manter a proteína dentro de casa gastando menos, mudando para o frango. Com a junção das duas coisas, a indústria está passando por um momento difícil. A carne tem um custo...

E não dá nem para baixar preço porque o custo continua elevado?
O preço vem baixando um pouco nos últimos meses porque não tem demanda. Está faltando boi e sobrando carne. Eu estou nesse negócio há mais de 25 anos e eu nunca tinha visto a combinação tão severa de queda nas exportações e do consumo interno. O lado positivo é que a JBS Foods [que inclui carne de frango] vai bem, com a maior procura no mercado pelo frango. Nas exportações, os focos de gripe aviária nos EUA e no México estão beneficiando o Brasil, que está exportando mais para a Coreia, para o Japão...

Essa combinação ruim na carne bovina está resultando no fechamento de unidades?
Está faltando boi e sobrando carne. Não está vendendo. Vai fazer o que, com a economia brasileira do jeito que está indo? A indústria está se ajustando.

A JBS interrompeu a produção em quantas unidades?
Cinco.

Elas fecharam?
Sim, essas cinco pararam. Não esperávamos essa queda tão brusca das exportações atrelada com um mercado doméstico tão... Estávamos crescendo em bovinos, abrimos fábricas, compramos empresas. Nós tivemos uma surpresa.

O que surpreendeu mais? A queda das exportações ou a do consumo interno?
As exportações. No fundo, erramos. Achamos que a exportação seria mantida e que o mercado doméstico não estaria tão pressionado. Achávamos que o Brasil não cresceria neste ano, mas teria um PIB negativo de 0,5%... Agora estamos falando de 2% de queda no PIB. A coisa está cada dia mais difícil. Se tivéssemos previsto um cenário tão desafiador, talvez não tivéssemos feito aquisições e aberto plantas como fizemos.

Como o sr. vê o atual momento econômico?
Somos uma empresa otimista, mas não adianta tapar o sol com a peneira. Temos uma realidade super desafiadora no Brasil. 2015 está sendo um dos anos mais difíceis das últimas duas décadas. Nós acreditamos muito na capacidade de recuperação. Se você me perguntar como está a curto prazo, eu respondo que está difícil e vai ficar difícil. No médio prazo, em 2017 ou 2018, o Brasil volta para o trilho. Este é o ano mais difícil do ciclo. Não mudamos a nossa estratégia de investimento porque estamos olhando para frente. Se fôssemos olhar para este ano e tirar uma fotografia, nós teríamos parado. Agora, estamos fazendo os ajustes que são necessários. Como diz o ditado, você tem que dançar conforme a música. Todo ajuste é complicado, no setor público ou no privado, é sempre dolorido, causa estresse.

Então o sr. acha que a situação melhora no médio prazo?
Nos preocupamos menos com o momento e mais com o caminho. O juro está alto porque tem que ficar alto momentaneamente. A inflação está alta e tem que voltar para a meta. Em um, dois, três anos o juro pode voltar para níveis mais acessíveis. A economia vai decrescer, mas daqui a pouco vai ajustar. O que mais nos preocupa é a competitividade brasileira. O Brasil está perdendo competitividade e precisa de reformas estruturais. Esse é o tema que mais nos preocupa.

O ambiente para negócios está piorando?
Estamos regredindo na área tributária, trabalhista... As relações trabalhistas estão a cada dia mais litigiosas, está mais incerto. Quando olho para os últimos dez anos, hoje a situação está muito pior. Estamos indo no caminho errado. O sistema tributário há dez anos era mais simples do que é hoje. A insegurança jurídica está aumentando no Brasil. Isso tudo preocupa. Hoje eu falo com conhecimento de causa. Eu ouvi por muitos anos falar em "custo Brasil" e, na realidade, eu não conseguia mensurar isso. Hoje, a JBS tem operações grandes fora do Brasil, em diversos países, e eu sei exatamente o que é o custo Brasil e a sua complexidade.

E esse custo está aumentando?
Está aumentando. Há dez anos, o Brasil tinha menos litígio na área trabalhista, tinha mais segurança jurídica. O sistema tributário já era muito ruim, mas ele piorou um pouco. Você tinha menos guerra fiscal, menos disputa de convalidação de crédito tributário entre um Estado e outro e isso veio aumentando nos últimos anos. Isso foi acumulando um monstro na sala. O Brasil está ficando muito litigioso e inseguro juridicamente.

Por que ocorre esse aumento no litígio trabalhista? O cenário econômico favorece esse tipo de coisa?
Não. É por falta de regra, segurança jurídica. Acordo coletivo valia há dez anos. Hoje, acordo coletivo não vale mais nada. Você não tinha discussão de coisas primárias... isso está ficando insustentável.

Como o sr. vê o ambiente político dificultando as reformas?
Ruim. Para endereçar reformas como essas, você precisa do Executivo e do Legistativo trabalhando na mesma pauta. Quando você tem divergências, tem um desafio adicional, sem dúvida.

Faz quase dois anos que vocês compraram os ativos da Marfrig. É possível fazer um balanço desse período?
Quando compramos a Seara, dissemos que iríamos investir para conquistar a confiança do consumidor. Esse é o nosso foco: investir maciçamente em qualidade, inovação e comunicação. Tivemos uma evolução, ganhamos market share. Estamos super felizes. Temos feito campanhas de marketing da Seara e estamos muito satisfeitos.

A JBS fez duas aquisições bilionárias em duas semanas [a empresa comprou a Moypark, na Irlanda, no final de junho e, uma semana depois, os negócios da Cargill de suínos nos EUA]. A companhia está voltando ao perfil agressivo que a transformou no gigante que é hoje?
Não mudamos o foco de continuar melhorando os indicadores de alavancagem, perfil de dívida, rating. Acreditamos que vamos continuar tendo melhoras consecutivas e consistentes nessa área. Mas acreditamos que é possível fazer isso e continuar crescendo. E esses negócios são de longa data.

A JBS negociou com a Cargill e com a Marfrig durante muito tempo?
Tem um namoro com a Cargill há seis ou sete anos. Quando nós compramos a Swift, em 2007, a Cargill nos abordou e perguntou se nós queríamos vender o nosso negócio de suínos para ela. Falamos que não, queríamos conhecer o negócio. Há cinco anos, tivemos muito próximos de fazer uma sociedade. Por um motivo ou outro isso não concretizou. Mas desde aquela época demonstramos para a Cargill que era do nosso interesse, que esse negócio tem uma sinergia extraordinária, um sentido estratégico gigantesco.

Esse negócio torna a JBS a segunda maior produtora de suínos dos EUA?
Isso.

E mundialmente?
Mundialmente a JBS também é a segunda maior do segmento de suínos. Temos operação nos EUA, Brasil, Austrália... Juntando tudo, a JBS vai para um abate diário de 120 mil suínos por dia. Era de 75 mil.

E a Moypark?
Desde que abrimos capital da JBS, há sete anos, recebemos a oferta de muitos negócios na Europa. Não achávamos que era o momento, muito mais do ponto de vista de timing do que achar que a Europa não tinha um sentido estratégico para nós. Agora, nos últimos 12 meses, começamos a discutir internamente que estava chegando a hora de nos estruturarmos para ter uma base relevante para montar uma operação na Europa.

Isso tem a ver com o momento econômico da Europa?
Sim. Achamos que a Europa está no início da sua recuperação econômica. A Europa é os EUA de quatro anos atrás. E o cenário ideal para a JBS era ter uma plataforma na Alemanha ou na Inglaterra. A Moypark coincidiu em todos os sentidos: tem plataforma na Inglaterra, um negócio grande e nos segmentos em que nós queremos crescer: aves e processados, marca, produto de valor agregado. Temos uma estrutura que vai nos permitir, nos próximos dez anos, montar um negócio relevante na comunidade europeia.

Agora falta a Ásia?
Achamos que ainda tem muita coisa para fazer antes de ir para a Ásia. Do ponto de vista de timing, as oportunidades nos EUA, Europa, Austrália e América do Sul são mais importantes do que colocar foco na Ásia. Essa hora vai chegar, mas é no longo prazo.

Como serão financiadas essas aquisições? Para pagar a Cargill vocês pegaram um empréstimo nos EUA.
Fizemos negócio pensando no caixa que temos.

Quanto a JBS tem em caixa?
Tem um volume expressivo, cerca de R$ 14 bilhões. Fizemos aquisição para usar caixa para pagar. Mas olhamos alternativas... Estamos aproveitando as boas condições no mercado de capitais nos EUA. Fizemos um 'bond' (título de dívida) para pagar em dez anos a 5,75%. É difícil companhia brasileira que hoje que consegue acessar o mercado, emitir uma dívida a esse custo. Esse é um benefício que a JBS tem, acessar o mercado de capitais de outros lugares sem o custo Brasil. Com informações da Folha.


 


   Leia também:
 
[26/04/2024] - Olimpíada de Paris diz que carne é vilão ambiental
[26/04/2024] - Agrishow evita polêmicas e terá Fávaro e Bolsonaro
[26/04/2024] - Arroba: escalas avançam e os preços?
[26/04/2024] - Quanto está valendo a saca do milho?

Regras para a publicação de comentários


   Notícias Anteriores
 
[25/04/2024] - Governo exclui carnes da cesta básica
[25/04/2024] - Transferir gado entre fazendas agora paga imposto
[25/04/2024] - Exportações de carne devem bater recorde em abril
[25/04/2024] - Arroba: poucos negócios no mercado de SP
[25/04/2024] - Colômbia barra importações de carne dos EUA
[25/04/2024] - O tombo da indústria do leite no Rio Grande do Sul
[25/04/2024] - Qual é a projeção para o preço do leite no RS?
[24/04/2024] - Regra ambiental pode barrar até pecuarista legal
[24/04/2024] - Projeto anti-invasão avança na Câmara
[24/04/2024] - Como está o custo de produção do boi em MT?
[24/04/2024] - Preço do boi sobe em Mato Grosso
[24/04/2024] - Arroba: como está o mercado do boi em São Paulo?
[24/04/2024] - Pecuária sofre com tombo da arroba e do leite
[23/04/2024] - Exportações de carne já superaram abril de 2023
[23/04/2024] - Semana começa devagar no mercado do boi
[23/04/2024] - Marco Temporal está em vigor, diz STF
[23/04/2024] - Líder de Lula pede demissão por ser contra invasão
[23/04/2024] - O agro brasileiro exige respeito
[22/04/2024] - MST promete dobrar as invasões até o fim de abril
[22/04/2024] - Projetos anti-invasão avançam no Congresso
[22/04/2024] - Tem boi represado nos pastos brasileiros?
[22/04/2024] - Preço da reposição subiu com força em SP
[22/04/2024] - Compradores de milho estão fora do mercado
[22/04/2024] - Governo de SC lança programa de apoio ao leite
[19/04/2024] - Semana de preços firmes para o boi gordo
[19/04/2024] - Está faltando boi em São Paulo
[19/04/2024] - Leite: custo de produção volta a cair em março
[19/04/2024] - Como renegociar seu crédito rural?
[19/04/2024] - MST monta novo acampamento no RS
[18/04/2024] - Tensão cresce entre Agro e Governo Lula
[18/04/2024] - Invasões do MST chegam a 11 estados do Brasil
[18/04/2024] - MST invade sede do Incra em Mato Grosso do Sul
[18/04/2024] - É hora de comprar boi magro?
[18/04/2024] - Boi China a preço de boi comum?
[18/04/2024] - Unidade da JBS é fechada em Goiás
[18/04/2024] - Entidades querem união contra leite importado
[18/04/2024] - Agro salva a balança comercial de São Paulo
[17/04/2024] - Câmara aprova urgência para punição de invasores
[17/04/2024] - Em evento com Lula, ministro celebra ações do MST
[17/04/2024] - Pecuaristas travam vendas e boi sobe
[17/04/2024] - Economia brasileira perdeu força em fevereiro
[16/04/2024] - Exportações crescem mais de 70% em abril
[16/04/2024] - Preços da carne exportada continuam preocupando
[16/04/2024] - Como está o preço do boi em SP e Goiás?
[16/04/2024] - MST invade área da Embrapa pela terceira vez
[16/04/2024] - Governo lança programa para atender ao MST
[16/04/2024] - Coca-Cola sai do mercado de lácteos no Brasil
[15/04/2024] - Unidade da JBS vai dobrar abates em um ano
[15/04/2024] - Lupion recusa convite para evento ao lado de Lula
[15/04/2024] - PGR pede a derrubada do marco temporal

     Clique aqui para ver o índice geral de noticias


 

 

 

Adicione seu site Comprar e vender Atendimento ao anunciante Mais buscados

Venda para a pecuária brasileira através da Internet!
Clique aqui e veja como anunciar no Pecuária.com.br