Publicado em 19/08/2015O engenheiro responsável pela fazenda experimental ocupada pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) em Paiquerê, na região de Londrina, afirma que teme pela segurança das famílias que lá moram.
Centenas de famílias ligadas ao movimento social invadiram a propriedade na tarde de segunda-feira (17) e montaram acampamento.
"Tememos muito pela segurança dos colaboradores que vivem dentro da fazenda. Eles vivem lá há, mais ou menos, 15 anos. Espero que não haja conflito", comenta José Renato Silva Gonçalves.
Gonçalves diz que 14 famílias vivem em casas construídas nas terras invadidas. Ele ressalta que já pediu a reintegração de posse e agora aguarda a resposta da Justiça.
"A fazenda não possui nenhuma brecha legal para que ela possa ser ocupada. Não temos problemas de produtividade, nossos índices são bons, não temos problemas com documentação ou trabalhistas, nada. Não dá para compreender o que aconteceu".
A fazenda é de propriedade da Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz (FEALQ), uma entidade sem fins lucrativos especializada em pesquisas para melhorar a produtividade da pecuária.
Os experimentos, por lá, são feitos por técnicos, produtores e estudantes de universidades como a de São Paulo (USP), a Estadual de Londrina (UEL) e a Estadual de Maringá (UEM). As terras, dizem os donos, são produtivas e legais.
O G1 tentou contato com os líderes do MST na região, mas ninguém foi localizado até o fechamento desta reportagem. Até o fim da tarde desta terça-feira (18), não havia registro de conflito por causa da invasão na região. Com informações da Globo.com