Publicado em 30/09/2015O ganho paulatino da preferência dos consumidores chineses e o contínuo processo de urbanização devem elevar o consumo de carne bovina na China em 2016, conforme estimativa divulgada hoje pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).
Pelas projeções do órgão, a China importará cerca de 600 mil toneladas de carne bovina no próximo ano, crescimento de 20% na comparação com as 500 mil toneladas estimadas para 2015. A Austrália deve seguir como maior fornecedor de carne bovina aos chineses, mas os países da América do Sul devem ampliar as vendas em 2016, de acordo com o USDA.
No relatório divulgado hoje, o USDA lembra que a China reabriu neste ano seu mercado para a carne bovina do Brasil, após um embargo de mais dois anos em razão da ocorrência de um caso atípico do “mal da vaca louca” no Paraná. Por outro lado, o embargo da China à carne bovina dos EUA segue válido, apesar de a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) considerar “negligenciável” o risco de “vaca louca” nos EUA, pontua o USDA.
No primeiro semestre deste ano, a Austrália foi responsável por 38% das importações de carne bovina da China. Em segundo lugar, vem o Uruguai, com uma participação de 31%. Já Nova Zelândia e Argentina aparecem e na terceira e quarta posição, com 18% e 11%. As exportações brasileiras para a China começaram a ganhar fôlego no segundo semestre.
Em relação ao consumo total de carne bovina, o USDA estima que a demanda dos chineses somará 7,35 milhões de toneladas em 2016, incremento de 0,7% na comparação com as 7,30 milhões de toneladas estimadas para este ano. Na avaliação do USDA, o consumo de carne bovina da China poderia ser até maior em 2016, não fossem os preços altos do produto.
Por conta desse “alto preço relativo”, a demanda por carne bovina deve continuar representando cerca de 15% do consumo chinês de carne suína, de acordo com o USDA. A carne suína é a proteína animal mais consumida na China e também em todo o mundo. Com informações do Valor.