Cotações Mapas Notícias em seu e-mail
Precisa vender? Mais de 6.000 visitantes diariamente esperam pelo seu produto aqui no Pecuaria.com.br. Clique aqui e veja como e facil anunciar!
Arroba do Boi - R$ (À vista)
SP MS MG
228,00 216,00 209,00
GO MT RJ
209,00 212,00 213,00
Reposição - SP - R$
Bezerro 12m 1740,00
Garrote 18m 2115,00
Boi Magro 30m 2520,00
Bezerra 12m 1360,00
Novilha 18m 1670,00
Vaca Boiadeira 1915,00

Atualizado em: 18/4/2024 15:01

Cotações da Arroba: SP-Noroeste, MS-Três Lagoas, MG - Triângulo, GO - Região Sul, MT - Rondonópolis, RJ-Campos
Clique aqui e veja cotações anteriores

 

 

 

 


 
Receba, diariamente, em seu
e-mail nosso boletim com os assuntos que mais interessam
ao profissional do setor.

Clique aqui e inscreva-se gratuitamente.


Adriano Garcia
MTb 10252-MG

 

Pecuária argentina pode renascer com novo governo

 
 
 
Publicado em 24/11/2015

O presidente eleito da Argentina, Mauricio Macri, terá a chance de reverter políticas que prejudicaram o setor pecuário nacional a ponto de comprometer o status do país como um dos maiores exportadores de carne bovina. O líder da coalizão Cambiemos e opositor do governo Cristina Kirchner promete dobrar a produção de alimentos e estimular o potencial dos produtores rurais argentinos. Se cumpridas, as propostas devem ajudar a revitalizar a pecuária e a atuação de frigoríficos. Em entrevista ao Broadcast Agro, analistas do setor produtivo brasileiro ressaltam, porém, que o caminho à frente deve ser atribulado e as mudanças na agropecuária podem não ser prioridade máxima.

"Macri tem uma história de empreendedorismo que atrai muito a simpatia dos empresários agrícolas. Ele promete coisas positivas, como abertura comercial, liberdade econômica e câmbio flutuante, que vão na contramão das políticas usualmente adotadas em países latino-americanos", descreve Lygia Pimentel, sócia-diretora da AgriFatto. "Mas ele terá um desafio muito grande (para implementá-las), sendo o primeiro deles permanecer no poder. Tentativas anteriores de liberalizar a economia do país falharam", nota a especialista, acrescentando que o recém-eleito terá de lidar com uma maioria peronista no Senado argentino.

Para Hyberville Neto, analista da Scot Consultoria, o fim dos 12 anos de mandatos do casal Kirchner, por si só, já deve ser encarado como um estímulo ao setor, que estava imerso em embates com o Executivo argentino. Sem os Kirchner, produtores estão mais dispostos em investir. "A perspectiva é termos maior retenção de fêmeas à medida que pecuaristas estimulam a produção e aumento do rebanho. No curto prazo, porém, talvez isso diminua mais a oferta de animais", observa o consultor. A Câmara de Indústria e Comércio de Carnes e Derivados (Cicra) nota que o processo já teve início. Em outubro, fêmeas representaram 42% dos abates totais, a menor taxa dos últimos três anos e um indicativo de que produtores estão mais otimistas sobre o futuro da atividade.

No horizonte do governo Macri, pecuaristas veem uma oportunidade de encerrar os Registros de Operações de Exportação (ROE), um mecanismo criado pelo ex-presidente Néstor Kirchner em 2006 para limitar os embarques de carne bovina. O então chefe de Estado chegou a suspender as vendas externas do segmento por 180 dias, com exceção dos volumes enquadrados na Cota Hilton - referente a cortes de alta qualidade destinados à Europa. A medida foi anunciada um ano após o país impor taxas de 15% sobre a exportação de carne bovina. A decisão tolheu as vendas do setor e impactou a geração de valor na cadeia produtiva, atuando como um desestímulo à produção. "O objetivo era conter a inflação, mas foi um tiro no pé. Isso resultou em aumento no abate de fêmeas, redução da oferta, do rebanho e dos abates. E os preços da carne bovina voltaram a subir", explica Neto, da Scot.

Dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (o USDA) indicam que o rebanho argentino encolheu 7,5 milhões de cabeças entre 2006 e 2010, para 48,2 milhões de animais. O estoque voltou a crescer nos últimos anos e ficou em 51,7 milhões de bovinos em 2014, mas ainda é inferior ao nível observado anteriormente. Segundo a Cicra, cerca de 23% da produção nacional era exportada em 2006. Hoje, apenas 7% da carne bovina deixa o país. Como reflexo, a Argentina não faz parte mais do ranking dos dez maiores exportadores, no qual ocupava a terceira colocação. Mais de 140 plantas frigoríficas foram fechadas, com cerca de 20 mil demissões. E a inflação não cedeu. O indicador oficial (IPC) fechou 2006 em 9,81%, segundo o Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec). Em 2014, o avanço dos preços resultou em taxa de 23,9%, mas de lá para cá o próprio Indec teve sua independência posta em xeque por analistas, que creem que o ano passado se encerrou com o IPC acima de 30% ao ano.

Macri é favorável ao fim da ROE e Lygia, da AgriFatto, espera que o novo presidente também facilite importações. "É uma medida importante para combater a inflação, embora seja considerada ruim pelas empresas", explica. "Se ele conseguir abrir o mercado e liberar as exportações, será um ânimo muito grande ao setor agropecuário".

Frigoríficos A indústria brasileira marca presença na Argentina e deve se beneficiar de eventuais políticas públicas favoráveis ao desenvolvimento do agronegócio no país. Dos maiores frigoríficos, JBS e Marfrig mantêm unidades produtivas no vizinho. A Marfrig, porém, revelou este mês que vai vender sua divisão argentina e utilizar os recursos recebidos para diminuir seu endividamento. A direção da empresa afirma que está em conversas avançadas com um investidor em potencial e que a transação deve ser fechada em breve.

"Obviamente temos expectativa de que haja mudanças (com a sucessão de Kirchner), mas a recomposição do estoque (de bovinos) na Argentina vai levar tempo. É um tempo biológico que ninguém vai adiantar", disse o presidente da Marfrig, Martín Secco, em coletiva de imprensa sobre os resultados do terceiro trimestre do grupo - antes do resultado das eleições. Ao Broadcast Agro, Lygia afirma que o ciclo pecuário normalmente leva cerca de três anos para alterar de um período de escassez de animais para um de plena oferta, mas que a recuperação na Argentina pode levar ainda mais tempo. Segundo ela, o ciclo natural foi agravado por intervenção estatal, que levou ao reforço dos abates de fêmeas em período em que produtores deveriam reter estes animais para procriação.

Secco, da Marfrig, também pondera que o próximo governo pode não mudar o panorama na velocidade esperada. "O próximo governante terá de analisar isso dentro de outras demandas que terá", afirmou. Dentre as mais urgentes estão o controle da inflação e a retomada do crescimento econômico. Em 2014, o Produto Interno Bruto (PIB) da Argentina avançou 0,5%. A flexibilização do câmbio e o combate ao mercado paralelo também devem estar em pauta, e podem ajudar exportadores do setor a aumentarem seus rendimentos.

Na Argentina, a JBS mantém cinco frigoríficos, um curtume e um centro de distribuição, e espera-se que o fim da gestão Kirchner reforce a aposta do grupo no país. "Se há dinheiro no bolso, este seria o momento para começar a investir na pecuária argentina. A incerteza ainda é muito grande e precisamos esperar os primeiros meses do governo Macri para traçar cenários, mas há oportunidades", nota Lygia. Dificilmente a vitória da oposição vai impulsionar os resultados do grupo brasileiro, entretanto. As operações da JBS na América do Sul, com exceção do Brasil, respondem por apenas 6% das receitas globais consolidadas.  Com informações do portal Estadão.


 


   Leia também:
 
[18/04/2024] - Tensão cresce entre Agro e Governo Lula
[18/04/2024] - Invasões do MST chegam a 11 estados do Brasil
[18/04/2024] - MST invade sede do Incra em Mato Grosso do Sul
[18/04/2024] - É hora de comprar boi magro?
[18/04/2024] - Boi China a preço de boi comum?
[18/04/2024] - Unidade da JBS é fechada em Goiás
[18/04/2024] - Entidades querem união contra leite importado

Regras para a publicação de comentários


   Notícias Anteriores
 
[18/04/2024] - Agro salva a balança comercial de São Paulo
[17/04/2024] - Câmara aprova urgência para punição de invasores
[17/04/2024] - Em evento com Lula, ministro celebra ações do MST
[17/04/2024] - Pecuaristas travam vendas e boi sobe
[17/04/2024] - Economia brasileira perdeu força em fevereiro
[16/04/2024] - Exportações crescem mais de 70% em abril
[16/04/2024] - Preços da carne exportada continuam preocupando
[16/04/2024] - Como está o preço do boi em SP e Goiás?
[16/04/2024] - MST invade área da Embrapa pela terceira vez
[16/04/2024] - Governo lança programa para atender ao MST
[16/04/2024] - Coca-Cola sai do mercado de lácteos no Brasil
[15/04/2024] - Unidade da JBS vai dobrar abates em um ano
[15/04/2024] - Lupion recusa convite para evento ao lado de Lula
[15/04/2024] - PGR pede a derrubada do marco temporal
[15/04/2024] - MST ignora Lula e invade terras em seis estados
[15/04/2024] - Como foi a semana passada no mercado do boi?
[15/04/2024] - Preço de milho despencou
[12/04/2024] - Em evento na JBS, Lula elogia os irmãos Batista
[12/04/2024] - Exportações de MS para a China podem disparar
[12/04/2024] - Brasil tenta mudar protocolo sanitário com a China
[12/04/2024] - China reduziu compras do agronegócio brasileiro
[12/04/2024] - Pecuaristas precisam ficar em alerta
[11/04/2024] - Decisão do STJ pode travar exportações de carne
[11/04/2024] - CADE atrasa compra de frigoríficos pela Minerva
[11/04/2024] - Pecuaristas de São Paulo estão desanimados
[11/04/2024] - Frigoríficos estão comprando pouco gado
[11/04/2024] - MST invade centro de pesquisa do MAPA na Bahia
[11/04/2024] - Deputados acusam Fávaro de interferência na FPA
[10/04/2024] - Crise no Agro ameaça a economia brasileira
[10/04/2024] - Lula vai visitar unidade da JBS
[10/04/2024] - Brasil continua perigosamente dependente da China
[10/04/2024] - Boi pode subir nos próximos dias
[10/04/2024] - Frigoríficos voltam a comprar em São Paulo
[10/04/2024] - Paraná retira benefícios de lácteos importados
[10/04/2024] - Produtores gaúchos pedem intervenção no leite
[09/04/2024] - As exportações vão segurar o preço do boi?
[09/04/2024] - Abates batem recorde histórico em Mato Grosso
[09/04/2024] - Estratégia de venda dos pecuaristas deu certo?
[09/04/2024] - Mercado do boi parado em São Paulo
[09/04/2024] - Como está a produção de leite no RS?
[09/04/2024] - Fávaro critica recuperações judiciais no Agro
[08/04/2024] - Produtores de leite pedem ajuda a Tarcísio
[08/04/2024] - Boi vai subir nesta semana?
[08/04/2024] - Arroba: como estão os preços em São Paulo
[08/04/2024] - Milho: compradores seguram os negócios
[08/04/2024] - Lula pede sugestões ao MST sobre reforma agrária
[05/04/2024] - Boas notícias nas exportações de carne
[05/04/2024] - Produtores jogam leite fora no Rio Grande do Sul
[05/04/2024] - Boi sobe em algumas praças
[05/04/2024] - Pecuaristas e frigoríficos não se entendem em SP

     Clique aqui para ver o índice geral de noticias


 

 

 

Adicione seu site Comprar e vender Atendimento ao anunciante Mais buscados

Venda para a pecuária brasileira através da Internet!
Clique aqui e veja como anunciar no Pecuária.com.br