Publicado em 25/11/2015A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, lançou ontem o Programa de Vigilância em Defesa Agropecuária na Faixa de Fronteira. O objetivo é reforçar a fiscalização agropecuária nos 588 municípios dos 11 Estados brasileiros que fazem fronteira com 10 países, numa faixa territorial que soma 15,7 mil quilômetros. O programa, que integra o Plano Nacional de Defesa Agropecuária e já havia sido anunciado em julho, sem detalhes, contará com R$ 125 milhões ao longo de cinco anos, dos quais R$ 35,2 milhões serão alocados no primeiro ano, em 2016.
Conforme o ministério, os recursos serão investidos na aquisição de computadores, equipamentos de comunicação móvel, veículos, embarcações especiais, drones, softwares e material de divulgação.
O programa de vigilância em fronteiras ainda tem o objetivo de dar apoio aos órgãos estaduais de defesa agropecuária, às superintendências do ministério nos Estados e às unidades do Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro), ligado ao ministério, que atuam em faixas de fronteira.
Segundo Kátia Abreu, ao longo da concepção do programa o ministério identificou "sete pontos críticos" no país, que estariam mais vulneráveis à entrada de pragas ou entradas de doenças. Tratam-se de regiões secas e sem floresta, que praticamente não oferecem barreiras para entrada de agentes causadores de enfermidades animais e vegetais.
"Estamos mapeando a fronteira brasileira e queremos saber onde há alto risco de doenças. Já sabemos que existe perigo maior de vulnerabilidade nas divisas com a Guiana, com a Bolívia, com o Paraguai, Argentina e Colômbia", afirmou a ministra.
Kátia Abreu também anunciou ontem a criação da Força Nacional do Sistema Brasileiro de Atenção à Sanidade Agropecuária, que contará com 628 fiscais agropecuários, dos quais 278 federais e 350 estaduais para atuar em casos de emergência sanitária e fitossanitária, como desastres naturais que acometam rebanhos ou lavouras. Com informações do Valor.