Publicado em 01/12/2016O salto tributário que Mato Grosso deu no período de 10 anos, de 156%, a partir de 2005, foi destaque da palestra concedia pelo presidente do Sistema Famato/Senar-MT, Rui Prado, durante a XXIII Semana da Agronomia da Universidade Federal de Mato Grosso. Na tarde de quarta-feira (30/11), Prado apresentou o cenário do agropecuário do Estado a dezenas de participantes do evento com o tema “O futuro já chegou”. Uma das ênfases de sua fala foi o montante de contribuição do setor para a arrecadação de Mato Grosso, sobretudo no momento em que a reforma tributária é discutida.
Conforme estudo elaborado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) apresentado pelo presidente na palestra, em 2005 a população do Estado era de 2,5 milhões. Na época, a arrecadação de ICMS era de R$ 3,09 bilhões. No ano passado, enquanto a população registrava R$ 3,27 milhões, um crescimento de 31%, a arrecadação do imposto cresceu para R$ 7,92 bilhões (156%).
“Já tive oportunidade de mostrar esse quadro para o governador de Mato Grosso. O Estado arrecada para prestar serviço para o cidadão, de saúde, segurança, educação. Quando você vê que a população cresceu 31% e a arrecadação, 156%, e ainda assim o Estado não dá conta de prestar os serviços, significa que está gastando mal seus recursos. Isso, no mínimo, nos remete a uma reflexão sobre o que está acontecendo”, ponderou Prado.
O líder sindical relembrou a importância do agronegócio para economia do Estado, cujo produto interno bruto (PIB) advém ao menos 50,5% do setor. Também listou os diversos pagamentos de impostos que os produtores rurais fazem, que chegam ao percentual de 63% da arrecadação – ICMS, com 50% (entre imposto direto, indireto e induzido), Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab), com 71% do total, Fundo de Exportação (FEX), com 100% e, ainda, com ICMS pagos a outros estados na compra de maquinários e insumos. Com informações da Famato.