Publicado em 24/04/2017
Após 20 dias de férias coletivas, a JBS retomou nesta segunda-feira (24) as atividades. O processamento de carne bovina, interrompido após a deflagração da Operação Carne Fraca, foi retomado em seis fábricas do país, sendo que outras quatro continuam paralisadas até o dia 2 de maio.
"A JBS informa que seis das dez unidades de abate de bovinos no Brasil que estão em férias coletivas retomarão as atividades hoje, segunda-feira (24), conforme anunciado previamente pela companhia. As outras quatro plantas voltarão a operar em 2 de maio em função de reformas, ajustes operacionais e modernização de equipamentos".
Segundo a JBS, além de Senador Canedo, voltaram a operar as unidades de Alta Floresta (MT), Nova Andradina (MS), Juína (MT), Pedra Preta (MT) e Tucumã (PA). Já as fábricas em Anastácio (MS), Naviraí (MS), Diamantino (MT) e Lins (SP) retornam em maio.
As férias coletivas começaram no último dia 3 de abril. Na época, a companhia não informou o número de funcionários atingidos, mas destacou que a medida era necessária “em virtude dos embargos temporários impostos à carne brasileira pelos principais países importadores, assim como pela retração nas vendas de carne bovina no mercado interno”.
A empresa destacou, ainda, que as férias coletivas foram concedidas para “normalizar os níveis de estoques de produtos destinados ao mercado interno, assim como reescalonar a programação de embarques de produtos para os clientes do mercado externo que ficaram represados durante esse período”.
Carne Fraca
As restrições à compra de carne brasileira no mercado internacional, citada pela JBS, ocorreram após a deflagração da Operação Carne Fraca, no dia 17 de março deste ano. Segundo as investigações, havia um esquema para liberação e fiscalização irregular de frigoríficos no país.
Na ocasião, o ministro da agricultura, Blairo Maggi, estimou que a exportação de carne do País caia em 10%. Para mostrar que havia “transparência” na produção, ele visitou uma fábrica da BRF de Rio Verde.
Em Goiás, os produtores rurais e criadores de animais sentiram o reflexo da operação. Segundo a Associação Goiana do Nelore (AGN), houve uma queda de 3% no valor da arroba, que corresponde a 15 kg. De acordo com o presidente, Eurico Velasco, o valor da arroba caiu de R$ 132 para R$ 128 em apenas quatro dias. Com informações do G1.