Publicado em 19/05/2017No mês passado, enquanto confessavam seus crimes ao Supremo Tribunal Federal, os irmãos Joesley e Wesley Batista venderam quase 32 milhões de ações da companhia, um total de R$ 328 milhões.
Do outro lado do negócio, sem a menor ideia da bomba que viria, o maior comprador do lote dos irmãos era — você acertou — a própria JBS, isto é, o dinheiro de todos os seus acionistas, incluindo o BNDES.
A empresa comprou 19,3 milhões de suas ações no mês em que os irmãos venderam.
Segundo investidores, os Batista foram responsáveis por 15% das vendas do papel no mês passado.
Em março, nem os irmãos venderam, nem a companhia recomprou nenhuma ação.
O ’trade de abril’, que certamente será investigado pela CVM e Ministério Público, está despertando a ira de acionistas minoritários da JBS ao mesmo tempo em que diversos bancos dizem ter sido procurados pela JBS para cotar grandes posições compradas em dólar nos últimos dias.
A JBS é conhecida por suas enormes posições especulativas e, na delação, Joesley admitiu o acesso a informações privilegiadas.
A dúvida no mercado é se a imunidade conquistada pelos Batista se estende até aos crimes contra o mercado de capitais.
Sobre todo o resto, não resta dúvida alguma. Com informações do Brazil Journal.