Publicado em 24/05/2017Desde a divulgação dos áudios a JBS perdeu um terço do valor. Os problemas da companhia se acumulam, com destaque para a dívida. Dos R$ 56,2 bi devidos, 32% vencem no curto prazo.
A confissão de uma extensa lista de crimes vai provocar perdas mais imediatas com as multas e, talvez, com um afastamento de consumidores. Um gestor explica, no entanto, que o risco maior está na dívida. O grupo esperava lançar ações em Nova York, parte da reestruturação da companhia. Os recursos levantados seriam usados justamente para cumprir com parte dos compromissos. Após as revelações feitas na delação, esse projeto subiu no telhado. Mesmo lá fora a JBS terá que se explicar aos órgãos antes de ofertars suas ações.
Ao final de 2016, a companhia divulgou que R$ 18,1 bilhões venceriam em 2017. No total, a dívida bruta estava em R$ 56,2 bi. A dívida líquida equivalia a 4,16 anos de geração de caixa operacional, indicador elevado para os padrões. A JBS terá que equilibrar seu balanço enquanto se acerta com a Justiça. O risco é tão grande que acabou afetando a cotação dos bancos brasileiros. Entre as 10 ações do Ibovespa que mais caíram desde o dia 17, estão Banco do Brasil (-19,2%) e Bradesco (-13,6%). A 16ª maior queda foi da controladora do Itaú, com recuo de 10,5%, de acordo com dados da consultoria Economatica. Com informações do jornal O Globo.