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Adriano Garcia
MTb 10252-MG

 

Dona da JBS espera concluir desmonte até outubro

 
 
 
Publicado em 14/08/2017

Nem Arauco e nem Fibria. O processo de venda da Eldorado Brasil Celulose, controlada pelo grupo J&F, caminha para ter um desfecho inesperado. Estão muito avançadas as conversas para a venda do controle acionário para a indonésia Asia Pulp & Paper Group (APP), uma das maiores do ramo no mundo, segundo informação de uma fonte qualificada. Nos próximos dias, uma equipe da J&F e outra da APP tentarão finalizar um acordo de compra de ações, que na sexta-feira já estava bem adiantado. A APP fez uma proposta financeira superior a R$ 15 bilhões por 100% da empresa de celulose.

A venda da Eldorado faz parte do programa de desinvestimento que o grupo J&F deslanchou para reduzir seu endividamento depois que seus controladores, os Batista, admitiram envolvimento em práticas de corrupção.

Se as conversas evoluírem bem, a venda pode ser fechada ainda esta semana. Na sexta-feira, a J&F comunicou à Arauco que estava encerrando as negociações com o grupo chileno, que havia despontado como favorito em junho, quando o ativo foi colocado à venda. Um contrato de exclusividade de 45 dias com os chilenos venceu no dia 3, mas as conversas prosseguiram após isso.

Na semana passada, os dois lados ainda negociaram intensamente, mas na sexta-feira a Arauco informou que não conseguiria cobrir a oferta do concorrente. A chilena avaliou a Eldorado em R$ 14 bilhões e aceitou todas as condições colocadas pelos Batista, segundo disse uma pessoa com conhecimento do assunto.

Dos mais de R$ 15 bilhões da proposta da APP, têm que ser descontados cerca de R$ 7,5 bilhões em dívidas da Eldorado, resultando num "equity value" também em torno de R$ 7,5 bilhões para 100% do capital. Como a J&F detém 80,98%, lhe caberiam aproximadamente R$ 6 bilhões em pagamento. Os fundos de pensão Petros e Funcef detêm 8,53% cada um.

O Bank of America foi contratado pelos fundos para buscar o melhor acerto dentro da Eldorado, que poderá ser a venda de suas fatias ao novo controlador, à qual têm direito, ou a permanência como minoritários. As fundações têm direito a uma série de vetos na empresa e devem usar esse poder para melhorar sua posição negocial com o novo controlador. Três pessoas a par do assunto consideram que, ao valor de R$ 15 bilhões, o mais provável é que optem por sair do negócio.

Assim que venceu a exclusividade com a Arauco, ainda na madrugada do dia 3 para o dia 4, a APP enviou aos Batista a sua proposta vinculante e, a partir daí, entabulou conversas diretamente com o empresário Joesley Batista para acelerar o processo. O diálogo direto foi decisivo para que a APP despontasse no processo como favorita. Na operação, a APP é assessorada pelo banco de investimentos BTG Pactual.

O grupo indonésio se propôs a aceitar os mesmos termos contratuais da Arauco, apurou o Valor. Se fechar a compra, vai assumir, por exemplo, o litígio com a Fibria, em que a Eldorado é acusada pela concorrente de clonar mudas de eucalipto. Assumirá ainda o risco de não aprovação da transação pelas autoridades concorrenciais, além de ter concordado em fazer um contrato sem outras condições predecentes. E também trocará as garantias de dívidas da Eldorado.

A Fibria, controlada pelo grupo Votorantim, tem enorme interesse no ativo, com o qual alcançaria grande sinergia, já que ambas possuem fábricas e florestas vizinhas em Três Lagoas. Tentou se aproximar dos Batista para firmar um contrato de exclusividade, sem êxito. Os Batista resistiram em abrir seus números a um concorrente direto com quem sempre viveram às turras.

Dois outros grupos estrangeiros fizeram ofertas: a também indonésia April e a estatal chinesa China Paper Corporation. Teria partido da April a maior proposta, de quase R$ 16 bilhões. No entanto, a APP demonstrou interesse mais firme e foi incisiva na aproximação.

A venda do negócio de linhas de transmissão da Âmbar, empresa de energia da J&F, também caminha para um desfecho até o fim do mês. A Brookfield ofereceu R$ 835 milhões pelo controle e está finalizando uma auditoria.

A expectativa na J&F é concluir o programa de desinvestimento da holding e da JBS até o fim de setembro para "virar a página". Em dois meses o grupo vendeu a fabricante de chinelos Alpargatas para os controladores do banco Itaú (Itausa e gestora de recursos Cambuhy), a empresa de lácteos Vigor para a mexicana Lala, e os frigoríficos da JBS no Mercosul para o grupo Minerva.

A conclusão do programa de desinvestimento, com Eldorado e parte da Âmbar será suficiente para zerar sua dívida e fazer um caixa considerável. A Alpargatas rendeu R$ 3,5 bilhões ao grupo, Vigor trouxe R$ 2,8 bilhões e Âmbar e Eldorado devem representar outros R$ 6,83 bilhões, somando pouco mais de R$ 13 bilhões. Após quitar a dívida de cerca de R$ 10 bilhões, a J&F terá R$ 3 bilhões disponíveis.

O Banco Original, considerado um investimento ainda em fase incipiente, será mantido, assim como a empresa de produtos de higiene e limpeza Flora. Apesar da pressão sobre o grupo, a holding espera registrar retorno expressivo nas operações. Vigor foi vendida por três vezes o valor investido. No caso da Eldorado, que recebeu um investimento de R$ 1,5 bilhão do grupo, a proposta da APP equivale a quatro vezes o valor investido.

A venda da empresa irlandesa de carnes Moy Park, em andamento, e também da Five Rivers (confinamento nos EUA) encerrará o programa de desinvestimentos da JBS, estimado em R$ 7 bilhões, que incluía ainda uma fatia da Vigor e os frigoríficos do Mercosul. Como a JBS também renegociou sua dívida de R$ 16 bilhões com bancos, deve sair de um índice de alavancagem de 4,2 vezes (relação entre a dívida líquida e o Ebtida em 12 meses) para algo em torno de 3 vezes. A JBS, com subsidiárias nos EUA, Europa e Austrália, é o principal ativo do grupo e manterá faturamento de R$ 140 bilhões ao ano mesmo com vendas de ativos.

Superada a fase de desinvestimento, os Batista esperam, a partir de outubro, poder se concentrar em outros aspectos da recuperação do grupo pós-delação premiada, como o reputacional. Na seara legal, são muitas as pendências.

O grupo é investigado pela Polícia Federal e pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) por suspeita de uso de informação privilegiada na compra de dólares e negociação com ações da JBS antes da divulgação do acordo de delação premiada. Há ainda cláusulas do acordos de delação e de leniência a serem cumpridas nos próximos seis meses.

É grande a expectativa no meio empresarial e bancário brasileiro quanto à necessidade ou não do grupo de fechar um acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, o DoJ. Os Batista têm assegurado a interlocutores que não será necessário firmar acordo e pagar multa porque não foram cometidos crimes nos Estados Unidos. "Não houve corrupção nas empresas de lá, as empresas brasileiras não têm ações negociadas no mercado americano e os pagamentos de propinas no Brasil foram em espécie e com notas frias ou uso de doleiros, ou seja, não envolveram o mercado de câmbio ou bancário nos Estados Unidos", disse uma pessoa próxima da J&F.

O Valor apurou que as empresas do grupo estão sendo investigadas nos Estados Unidos por advogados contratados pela própria J&F, conforme acerto com o DoJ. Pelo procedimento padrão nesses casos, a cada quinze dias os advogados se reportam ao DoJ - e ao grupo - sobre o andamento das auditorias. As investigações vinham sendo conduzidas pelo escritório americano Baker McKenzie, mas ele está em fase de substituição por outro escritório de advocacia. A expectativa é que as investigações nos EUA sejam concluídas simultaneamente ao cumprimento do acordo de leniência no Brasil, no primeiro trimestre de 2018.  Com informações do Valor.


 


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