Publicado em 14/02/2018As fortes compras de carne bovina pela China em janeiro colaboraram para que o Brasil registrasse alta de 15% nos volumes totais do produto embarcado ao exterior, na comparação com igual mês de 2017, segundo informações divulgadas pela Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) na sexta-feira (09).
O Brasil exportou 123,8 mil toneladas de carne bovina em janeiro, o equivalente a US$ 517,9 milhões em receita. Esse faturamento é 24% maior que o registrado no mesmo período do ano passado.
As compras pela China continental somaram 22,8 mil toneladas, aumento de 25,4% em relação a janeiro de 2017. Já as compras feitas por Hong Kong subiram 64%, para 37,5 mil toneladas.
Com essas importações, os chineses foram responsáveis por comprar 38,8% do total de carne bovina exportada pelo Brasil em janeiro.
Analistas do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) avaliaram em nota na quinta-feira (08) que o crescimento da participação de China e Hong Kong nas compras de carne bovina brasileira desde 2016 é um alerta para o setor, “visto que mostra a dependência de dois grandes compradores e, portanto, a necessidade de o país diversificar as vendas externas de carne bovina”.
Outros grandes compradores
O Egito também elevou fortemente as compras de carne bovina brasileira em janeiro, um crescimento de 102%, para 12,9 mil toneladas. O Irã, que comprou 9,6 mil toneladas, e o Chile, com 7 mil toneladas, estão entre os principais compradores.
O crescimento nas vendas externas brasileiras ocorreu apesar do embargo russo que vigora desde dezembro do ano passado. Em janeiro de 2017, a Rússia comprou 11 mil toneladas de carne bovina brasileira.
Entre os importadores do produto nacional no exterior, 61 países aumentaram as compras e outros 42 reduziram as aquisições em janeiro, segundo a Abrafrigo.
O principal estado exportador da carne bovina brasileiro foi São Paulo, responsável por 24,8% do volume total embarcado, seguido de Mato Grosso (18,9%), Goiás (13,8%), Mato Grosso do Sul (10,1%) e Rondônia (9,3%). Com informações da Abrafrigo.