Publicado em 28/09/2018Depois de encerrar 2017 com um crescimento de 13%, a agropecuária brasileira deve crescer 1,5% neste ano. As projeções foram mencionadas na apresentação referente ao relatório trimestral de inflação referente ao segundo trimestre, divulgado nesta quinta-feira (27/9) pelo Banco Central (BC). Pelo lado da oferta, é o setor que mais deve crescer em 2018. Para indústria e serviços são estimados crescimentos de 1,3%.
Para 2019, as projeções de crescimento para agropecuária, indústria e serviços são de 2%, 2,9% e 2%, respectivamente. Em relação ao resultado geral da economia brasileira, o Banco Central acredita em crescimento de 1,4% neste ano e de 2,4% no ano que vem. Em 2017, o Produto Interno Bruto (PIB), soma das riquezas do país, registrou expansão de 1%.
“A economia segue operando com alto nível de ociosidade nos fatores de produção e a economia se encontra em processo de recuperação em ritmo mais gradual”, avaliou o diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Viana, pontuando que os dados apresentados teriam algum “ruído” por conta dos efeitos da greve dos caminhoneiros, entre maio e junho deste ano.
Na apresentação, o Banco Central destacou que analistas de mercado financeiro consultados semanalmente para a elaboração do Boletim Focus revisaram suas projeções para este ano depois da greve no transporte. No entanto, não é possível atribuir a revisão só ao movimento dos caminhoneiros. A projeção atual está de acordo com o cenário de recuperação gradual da economia.
Sobre a inflação, a visão da autoridade monetária é de que a greve dos caminhoneiros teve um efeito temporário. A partir do momento em que a oferta de produtos no mercado se normalizou, os preços se ajustaram. Projeções de analistas financeiros reforçam essa tese, segundo o BC, já que estão menores para o período de agosto a setembro. Com informações da Globo Rural.