Publicado em 01/10/2018Nesta manhã de segunda-feira, primeiro de outubro, alguns dos 90 produtores que possuem dinheiro a receber do Frigorífico Qualifrig, em Iporá (GO), foram para a porta da unidade, a fim de impedir que ela funcionasse.Havia expectativa de que o frigorífico reabrisse com outro nome.
No entanto, não apareceram funcionários para retomar as atividades do frigorífico. Os produtores prejudicados chamaram a imprensa para relatar sobre aquilo que até agora é um calote estimado em cerca de 7 milhões de reais.
Os produtores contam que assim que interromperam as entregas de gado, sem que houvesse pagamento, ouviram a que empresa precisaria voltar a funcionar para que pudesse regularizar suas pendências. A unidade, então, reabriu com pagamentos a vista (3 dias), sendo que as dívidas foram divididas em dez parcelas. Eles contam foram pagas uma ou duas parcelas e, depois, nenhum pagamento foi efetuado.
O frigorífico deixou de abater e os contatos com os proprietários ficaram mais difíceis para os credores. São pecuaristas com valores a receber: desde 20 mil reais até 80 mil, 100 mil ou mais.
Ao Oeste Goiano os produtores reclamam de que o Sindicato Rural de Iporá, Diorama e Israelândia teria que entrar neste embate para defender os produtores rurais. A reportagem falou com Adailton Leite, presidente da entidade sindical, o qual nos afirmou que já ajudou a fazer uma negociação de parcelamento e que esta não foi cumprida, o que o fez ficar decepcionado e ter a convicção de que os empresários do frigorífico não estão agindo com boa fé. Diante disso, teria abandonado as negociações e diz lamentar o episódio e afirmando que para que paguem é preciso que o frigorífico funcione outra vez.
A reportagem ouviu de vários produtores que o que resta é recorrer a Justiça, com base nos documentos que possuem de entrada do gado no frigorífico. Enquanto não decidem entrar na Justiça, tem como certo de que farão plantão na porta do estabelecimento para que este não funcione mais. Com informações do Oeste Goiano.