Publicado em 19/10/2018Os grandes frigoríficos praticamente deixaram de comprar o boi gordo. Com isso, há uma onda baixista na arroba e levando maiores preocupações ao pecuarista em Goiás e em grande parte do Brasil. A arroba do boi gordo está cotada em média a R$135,00. Os compradores nessas alturas são apenas os pequenos frigoríficos. Christiane Rossi, do Departamento Técnico da Faeg, ao traçar uma panorâmica do quadro pecuário do momento para o Diário da Manhã observa que vários fatores estão condicionando os preços da arroba da carne no atacado e no varejo.
O aumento da oferta de gado confinado e o dólar perdendo força abrem espaço para que os frigoríficos pressionem as cotações do boi gordo. Ontem, por exemplo, o dólar chegou a trabalhar abaixo do patamar de R$3,70. Essa valorização do real diminuiu a competitividade da carne brasileira no mercado internacional, apertando a margem dos frigoríficos que exportam.
Em Goiás, a pressão é mais intensa, principalmente na região Sul do Estado. Por lá o preço do boi caiu e a arroba, que no começo da semana era negociada, em média, por R$143,00, é negociada hoje ao redor de R$135,00, conforme o último levantamento feito, ontem à tarde, por Cristiano Palavro, também da área econômica da Federação da Agricultura. O gado confinado deve continuar ajudando a indústria e o consumo deve se enfraquecer nesta segunda metade do mês. Estes fatores devem manter o cenário de preços fracos.
O clima, com o advento das chuvas, favorece as pastagens e, consequentemente, a alimentação dos animais. A crise econômica segura, por sua vez, o consumo de carnes, sobretudo, bovina, que tem maiores custos de produção. Com informações do Diário da Manhã.