Cotações Mapas Notícias em seu e-mail
Precisa vender? Mais de 6.000 visitantes diariamente esperam pelo seu produto aqui no Pecuaria.com.br. Clique aqui e veja como e facil anunciar!
Arroba do Boi - R$ (À vista)
SP MS MG
230,00 218,00 213,00
GO MT RJ
213,00 212,00 213,00
Reposição - SP - R$
Bezerro 12m 1740,00
Garrote 18m 2115,00
Boi Magro 30m 2520,00
Bezerra 12m 1360,00
Novilha 18m 1670,00
Vaca Boiadeira 1915,00

Atualizado em: 19/4/2024 10:01

Cotações da Arroba: SP-Noroeste, MS-Três Lagoas, MG - Triângulo, GO - Região Sul, MT - Rondonópolis, RJ-Campos
Clique aqui e veja cotações anteriores

 

 

 

 


 
Receba, diariamente, em seu
e-mail nosso boletim com os assuntos que mais interessam
ao profissional do setor.

Clique aqui e inscreva-se gratuitamente.


Adriano Garcia
MTb 10252-MG

 

Consumo de carne tem forte queda na Argentina

 
 
 
Publicado em 31/10/2018

Assim como a maioria dos argentinos, Sabrina Pozo costumava comer carne várias vezes por semana. A inflação nas alturas e a forte desvalorização do peso desde abril, no entanto, a obrigaram a mudar a dieta.

"Meus hábitos mudaram muito. Antes, talvez, eu fizesse bife à milanesa uma vez por semana e carne assada uma vez por semana", disse Sabrina, de 36 anos. "Agora, talvez, fique sem fazer a carne assada ou opte por fazer frango, que é um pouco mais barato", acrescentou a comissária de bordo, que mora com a filha em um apartamento em Buenos Aires. "Mais massas, mais arroz".

Quanto mais o país mergulha na crise econômica, menos a carne bovina aparece na mesa das famílias de classe média, segundo análise feita pela Reuters a partir de dados do setor de carne e de entrevistas com consumidores, açougueiros e pecuaristas. Esse é um dos sinais mais claros de como o poder de compra dos argentinos tem sido dizimado pela inflação, que deve superar os 44% até o fim do ano, segundo pesquisa recente do Banco Central.

Os argentinos entrevistados disseram que não podem mais comprar tanta carne quando costumavam e que, agora, escolhem alimentos mais baratos. Açougueiros disseram que houve forte queda nas vendas de carne nos últimos meses. Pecuaristas e frigoríficos, que dependem dos consumidores domésticos para a maior parte de suas vendas, disseram que só estão conseguindo manter a cabeça fora da água graças ao aumento das exportações para Rússia e China, principais compradores externos de carne argentina.

Para os argentinos, nada disso é fácil de engolir. A maioria da população vê o consumo de carne como parte de sua identidade cultural. "Os argentinos, por toda sua vida, sempre comeram carne", lembrou Javier Madeo, de 45 anos, dono de um açougue em Buenos Aires. Os argentinos reduziram gradualmente o consumo de carne nos últimos 60 anos, mas continuam entre os maiores consumidores do mundo. Em setembro, entretanto, uma estatística pouco noticiada da câmara da indústria e comércio de carnes do país, a Ciccra, revelou uma nova realidade: o consumo de carne havia caído para uma média anual de 49 quilos per capita naquele mês.

É um declínio de quase 17% em relação ao mês anterior. Ainda mais significativo é o fato de ter sido um nos menores níveis de consumos já registrados em 60 anos. Em outras duas ocasiões no período analisado, o consumo por pessoa ficou abaixo desse patamar: em fevereiro de 2017 e em março de 2008, mas essas quedas foram influenciadas por menos dias úteis, feriados e por uma disputa entre governo e o setor agrícola.

Tudo isso são más notícias para o presidente do país, Mauricio Macri, que enfrenta impopularidade e se depara com uma difícil batalha para se reeleger em outubro de 2019. Seus cortes aos subsídios da eletricidade, água e gás de cozinha buscaram romper com os ciclos de ascensão e queda econômica do país, mas acabaram tornando a vida dos argentinos mais cara. Ele corre o risco de perder o apoio da classe média.

Em 2017, os argentinos – e os uruguaios -, ainda lideraram o consumo de carne no mundo, segundo a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). De filés a linguiças, as famosas carnes argentinas de alta qualidade dominam os cardápios dos cafés e churrascarias do país, conhecidas como "parrillas". Mas o preço da carne subiu – 9% só em setembro, na comparação com agosto-, segundo dados do IPVCA. Em relação a setembro de 2017, a alta foi de 39%. Em setembro, a inflação na Argentina foi de 6,5%. Os salários não têm acompanhado a elevação dos preços, o que aumenta as aflições.

Os argentinos já viveram disparadas na inflação no passado. Durante a devastadora crise financeira de 2001/2002, as adversidades econômicas derrubaram o consumo de carne. Um surto de febre aftosa no país, no entanto, afetou as exportações e obrigou os produtores a vender mais no mercado interno, a preços mais baixos. Como resultado, os argentinos puderam, em grande medida, saciar o apetite por carnes.

A nova queda no consumo é um grave golpe para a indústria de carne argentina, que já enfrentava o impacto de uma das piores secas em anos, que afetou as pastagens entre o fim de 2017 e meados de 2018. A indústria de carne depende do mercado doméstico para cerca de 86% das vendas, segundo a Ciccra. A forte demanda na China e na Rússia ajudou o setor a compensar as perdas do mercado doméstico, mas as exportações, embora em alta, representam pequena parte das vendas.

Apesar da boa fama da carne argentina, os embarques são muito menores que o de outros grandes exportadores, como Brasil e Austrália, segundo o consultor Matias Sara. Por anos, a burocracia e as políticas do governo para o mercado doméstico foram um obstáculo para o crescimento das exportações.

Macri, um defensor do livre mercado, cortou os impostos sobre as exportações quando assumiu o governo para tentar impulsionar a atividade da economia, até então fechada. Posteriormente, ele reintroduziu as taxas sobre as exportações, para tentar equilibrar o orçamento. Com informações da Reuters.


 


   Leia também:
 
[19/04/2024] - Semana de preços firmes para o boi gordo
[19/04/2024] - Está faltando boi em São Paulo
[19/04/2024] - Leite: custo de produção volta a cair em março
[19/04/2024] - Como renegociar seu crédito rural?
[19/04/2024] - MST monta novo acampamento no RS
[18/04/2024] - Tensão cresce entre Agro e Governo Lula
[18/04/2024] - Invasões do MST chegam a 11 estados do Brasil

Regras para a publicação de comentários


   Notícias Anteriores
 
[18/04/2024] - MST invade sede do Incra em Mato Grosso do Sul
[18/04/2024] - É hora de comprar boi magro?
[18/04/2024] - Boi China a preço de boi comum?
[18/04/2024] - Unidade da JBS é fechada em Goiás
[18/04/2024] - Entidades querem união contra leite importado
[18/04/2024] - Agro salva a balança comercial de São Paulo
[17/04/2024] - Câmara aprova urgência para punição de invasores
[17/04/2024] - Em evento com Lula, ministro celebra ações do MST
[17/04/2024] - Pecuaristas travam vendas e boi sobe
[17/04/2024] - Economia brasileira perdeu força em fevereiro
[16/04/2024] - Exportações crescem mais de 70% em abril
[16/04/2024] - Preços da carne exportada continuam preocupando
[16/04/2024] - Como está o preço do boi em SP e Goiás?
[16/04/2024] - MST invade área da Embrapa pela terceira vez
[16/04/2024] - Governo lança programa para atender ao MST
[16/04/2024] - Coca-Cola sai do mercado de lácteos no Brasil
[15/04/2024] - Unidade da JBS vai dobrar abates em um ano
[15/04/2024] - Lupion recusa convite para evento ao lado de Lula
[15/04/2024] - PGR pede a derrubada do marco temporal
[15/04/2024] - MST ignora Lula e invade terras em seis estados
[15/04/2024] - Como foi a semana passada no mercado do boi?
[15/04/2024] - Preço de milho despencou
[12/04/2024] - Em evento na JBS, Lula elogia os irmãos Batista
[12/04/2024] - Exportações de MS para a China podem disparar
[12/04/2024] - Brasil tenta mudar protocolo sanitário com a China
[12/04/2024] - China reduziu compras do agronegócio brasileiro
[12/04/2024] - Pecuaristas precisam ficar em alerta
[11/04/2024] - Decisão do STJ pode travar exportações de carne
[11/04/2024] - CADE atrasa compra de frigoríficos pela Minerva
[11/04/2024] - Pecuaristas de São Paulo estão desanimados
[11/04/2024] - Frigoríficos estão comprando pouco gado
[11/04/2024] - MST invade centro de pesquisa do MAPA na Bahia
[11/04/2024] - Deputados acusam Fávaro de interferência na FPA
[10/04/2024] - Crise no Agro ameaça a economia brasileira
[10/04/2024] - Lula vai visitar unidade da JBS
[10/04/2024] - Brasil continua perigosamente dependente da China
[10/04/2024] - Boi pode subir nos próximos dias
[10/04/2024] - Frigoríficos voltam a comprar em São Paulo
[10/04/2024] - Paraná retira benefícios de lácteos importados
[10/04/2024] - Produtores gaúchos pedem intervenção no leite
[09/04/2024] - As exportações vão segurar o preço do boi?
[09/04/2024] - Abates batem recorde histórico em Mato Grosso
[09/04/2024] - Estratégia de venda dos pecuaristas deu certo?
[09/04/2024] - Mercado do boi parado em São Paulo
[09/04/2024] - Como está a produção de leite no RS?
[09/04/2024] - Fávaro critica recuperações judiciais no Agro
[08/04/2024] - Produtores de leite pedem ajuda a Tarcísio
[08/04/2024] - Boi vai subir nesta semana?
[08/04/2024] - Arroba: como estão os preços em São Paulo
[08/04/2024] - Milho: compradores seguram os negócios

     Clique aqui para ver o índice geral de noticias


 

 

 

Adicione seu site Comprar e vender Atendimento ao anunciante Mais buscados

Venda para a pecuária brasileira através da Internet!
Clique aqui e veja como anunciar no Pecuária.com.br