Publicado em 09/09/2019O Brasil havia entregue à China uma lista de aproximadamente 30 unidades frigoríficas de carne bovina para serem habilitadas a exportarem para lá. Informações davam conta de que os chineses não aceitariam avaliar mais de 20. Passados quatro meses, desde que a missão oficial do governo brasileiro veio de lá, e muita boataria até então, a China apresentou seu aval para 17 plantas, além seis de aves, uma de suínos e mais outra de asininos.
O ritmo decisório lento, inclusive a inspeção virtual nas plantas, das autoridades chinesas deixou o mercado em expectativa muito grande, a ponto até de uma segunda visita da ministra da Agricultura e Pecuária (Mapa), Tereza Cristina, ter sido cancelada o mês passado.
Chegou-se até duvidar de que pudesse haver alguma novidade antes da visita do presidente Jair Bolsonaro à China, em outubro, ou até mesmo em 2019.
Sem nenhuma planta do maior player mundial, a JBS, e com duas novas do Minerva e também do Marfrig – cujas ações seguem alta na B3 desde a abertura dos negócios – os frigoríficos médios brasileiros obtiveram mais chances de pegar uma fatia desse maior mercado comprador de carne bovina brasileira.
Quer ficar por dentro de tudo que acontece no mercado financeiro?
A JBS também não está na lista de empresas habilitadas em aves e suínos. A BRF entrou com uma unidade. Outro grande dos dois setores é a Aurora Alimentos.
Enquanto aves e suínos também eram esperado, com o impulso da epidemia da peste suína africana (PSA), as atenções para a carne bovina eram maiores dada a envergadura dos negócios, além do peso determinante na pecuária porteira adentro.
A tendência é alta também no mercado do boi físico, já que haverá maior necessidade de matéria-prima para suprir novos embarques. As exportações à China representam quase 40%, sendo que de janeiro a agosto o país comprou 430,9 mil toneladas, praticamente o mesmo volume de 2018 nos mesmos meses. Com informações do Money Times.