Publicado em 12/03/2024O Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan) projeta um crescimento de 3% no faturamento da indústria de saúde animal no Brasil em 2023, passando de R$ 10,5 bilhões para R$ 11 bilhões. Os números são preliminares e os resultados finais serão divulgados em maio, após a consolidação dos dados do primeiro trimestre de 2024 pelas empresas associadas.
A expansão modesta do setor no ano anterior é atribuída principalmente às dificuldades enfrentadas pelo mercado de ruminantes, que corresponde a mais da metade do mercado veterinário no país. De acordo com o Sindan, este segmento sofreu com a instabilidade, marcada pelo aumento dos custos de produção e a queda nos preços da carne bovina e do leite, resultando em um aumento de 10% nos abates de vacas e desincentivo à produção leiteira.
Outro desafio mencionado é a suspensão da vacinação contra febre aftosa em vários estados, que, além de reduzir a receita dos produtos específicos, afetou negativamente outros tratamentos veterinários.
Apesar desses obstáculos, Emílio Salani, presidente do Sindan, considera o aumento de 3% no faturamento como um resultado esperado diante do cenário econômico atual do Brasil, indicando uma fase de reajuste do mercado após um período de crescimento acima da média. Enquanto o setor de ruminantes enfrentou dificuldades em 2023, os segmentos de aves, suínos e, em menor medida, os animais de companhia, contribuíram para o crescimento da indústria.