Cotações Mapas Notícias em seu e-mail
Precisa vender? Mais de 6.000 visitantes diariamente esperam pelo seu produto aqui no Pecuaria.com.br. Clique aqui e veja como e facil anunciar!
Arroba do Boi - R$ (À vista)
SP MS MG
295,00 288,00 283,00
GO MT RJ
270,00 258,00 288,00
Reposição - SP - R$
Bezerro 12m 2000,00
Garrote 18m 2400,00
Boi Magro 30m 3000,00
Bezerra 12m 1560,00
Novilha 18m 1850,00
Vaca Boiadeira 2190,00

Atualizado em: 15/10/2024 09:50

Cotações da Arroba: SP-Noroeste, MS-Três Lagoas, MG - Triângulo, GO - Região Sul, MT - Rondonópolis, RJ-Campos
Clique aqui e veja cotações anteriores

 

 

 

 


 
Receba, diariamente, em seu
e-mail nosso boletim com os assuntos que mais interessam
ao profissional do setor.

Clique aqui e inscreva-se gratuitamente.


Adriano Garcia
MTb 10252-MG

 

ARTIGO - O Código Florestal e a quinta-coluna

 
 
 
Publicado em 02/06/2011

Dep. Federal Aldo Rebelo
(PC do B/SP)

Conta a lenda que ao cercar Madri durante a Guerra Civil Espanhola o general Emilio Mola Vidal, ao ser questionado sobre qual das quatro colunas que comandava entraria primeiro na cidade sitiada, respondeu: a quinta-coluna. Mola referia-se aos seus agentes, que de dentro sabotavam a resistência republicana.

Durante a Segunda Guerra Mundial a expressão tornou-se sinônimo de ações contra o esforço aliado na luta para derrotar o eixo nazifascista. A quinta-coluna disseminava boatos, procurava enfraquecer e neutralizar a vontade da resistência e desmoralizar a reação contra o inimigo.

Após a votação do Código Florestal, no último dia 24, um restaurante de Brasília acolheu os principais cabeças das ONGs internacionais para um jantar que avançou madrugada adentro. A Câmara acabara de aprovar, por 410 x 63 votos, o relatório do Código Florestal e derrotara de forma avassaladora a tentativa do grupo de pressão externo de impedir a decisão sobre a matéria. O ambiente era de consternação pela derrota, mas ali nascia a tática da quinta-coluna moderna para pressionar o Senado e o governo contra a agricultura e os agricultores brasileiros. Os agentes internacionais recorreriam à mídia estrangeira e espalhariam internamente a ideia de que o Código “anistia” desmatadores e permite novos desmatamentos.

A sucessão dos fatos ilumina o caminho trilhado pelos conspiradores de botequim. No último domingo, o 'Estado de S. Paulo' abriu uma página para reportagem assinada pelas jornalistas Afra Balazina e Andrea Vialli com a seguinte manchete: "Novo Código permite desmatar mata nativa em área equivalente ao Paraná". Não há, no próprio texto da reportagem, uma informação sequer que confirme o título da matéria.

É evidente que o projeto votado na Câmara não autoriza desmatamento algum. O que se discute é se 2 milhões de proprietários que ocupam áreas de preservação permanente (margem de rio, encostas, morros) devem ser expulsos de suas terras ou em que proporção podem continuar cultivando como fazem há séculos no Brasil, à semelhança de seus congêneres em todo mundo.

No jornal 'O Globo', texto assinado por Cleide Carvalho procura associar o desmatamento em Mato Grosso ao debate sobre o Código Florestal, e as ONGs espalham por seus contatos na mídia a existência de relação entre o assassínio de camponeses na Amazônia e a votação da lei na Câmara dos Deputados. O 'Guardian', de Londres, publica artigo de um dos chefetes do Greenpeace com ameaças ao Brasil pela votação do Código Florestal. Tratam-nos como um enclave colonial carente das lições civilizatórias do império.

As ONGs internacionais consideram toda a área ocupada pela agropecuária no Brasil passivo ambiental, que deve ser convertido em floresta. Acham razoável que milhões de agricultores sejam obrigados a arrancar lavoura e capim e plantar vegetação nativa em seu lugar, em um país que mantém mais de 60% de seu território de áreas verdes.

A “anistia” atribuída ao relatório não é explicada pelos que a denunciam, nem a explicação é cobrada pela imprensa. Apenas divulgam que estão “anistiados” os que desmataram até 2008. Quem desmatou até 2008? Os que plantaram as primeiras mudas de cana no Nordeste e em São Paulo na época das capitanias hereditárias? Os primeiros cafeicultores do Pará, Rio de Janeiro e São Paulo no século 18? Os colonos convocados pelo governo de Getulio Vargas para cultivar Mato Grosso? Os gaúchos e nordestinos levados pelos governos militares para expandir a fronteira agrícola na Amazônia? Os assentados do Incra que receberam suas terras e só tinham acesso ao título de propriedade depois do desmatamento?

É importante destacar que, pela legislação em vigor, são todos “criminosos” ambientais submetidos ao vexame das multas e autuações do Ministério Público e dos órgãos de fiscalização. Envolvidos na teia de “ilegalidade” estão quase 100% dos agricultores do país por não terem a Reserva Legal que a lei não previa ou mata ciliar que a legislação de 1965 estabelecia de cinco a 100 metros e na década de 1980 foi alterada para 30 até 500 metros.

Reconhecendo o absurdo da situação, o próprio governo, em decreto assinado pelo presidente Lula e pelo ministro Carlos Minc, suspendeu as multas em decorrência da exigência “legal”, cujo prazo expira em 11 de junho e que provavelmente será re-editado pela presidente Dilma.

O governo e o país estão sob intensa pressão da desinformação e da mentira. A agricultura e os agricultores brasileiros tornaram-se invisíveis no Palácio do Planalto. Não sei se quando incorporou à delegação da viagem à China os suinocultores brasileiros em busca de mercado no gigante asiático a presidente tinha consciência de que quase toda a produção de suínos no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná está na ilegalidade por encontrar-se em área de preservação permanente.

A Câmara dos Deputados, por grande maioria, mostrou estar atenta aos interesses da preservação ambiental e da agricultura, votando uma proposta que foi aceita por um dos lados, mas rejeitada por aqueles que desconhecem ou precisam desconhecer a realidade do campo brasileiro. O Senado tem agora grande responsabilidade, e o governo brasileiro precisa decidir se protege a agricultura do país ou se capitulará diante das pressões externas que, em nome do meio ambiente, sabotam o bem-estar do nosso povo e a economia nacional.


 


   Leia também:
 
[15/10/2024] - Exportações de carne dispararam em outubro
[15/10/2024] - Consumidor vai aceitar pagar mais caro pela carne?
[15/10/2024] - Boi em alta começa a puxar o preço da carne
[15/10/2024] - Incerteza no mercado do boi de São Paulo
[15/10/2024] - Está mais caro produzir leite
[15/10/2024] - PIB da Pecuária deve crescer 16% em MT
[14/10/2024] - Quanto vai valer a arroba do boi em dezembro?

Regras para a publicação de comentários


   Notícias Anteriores
 
[14/10/2024] - Boi vai continuar subindo no curto prazo?
[14/10/2024] - Pecuarista quer mais pelo boi em São Paulo
[14/10/2024] - Frigorífico tenta alongar dívidas
[14/10/2024] - Milho: vendedores seguram negociações
[14/10/2024] - Recursos do BNDES para o RS desapareceram
[11/10/2024] - Picanha vai ficar mais cara com a alta do boi
[11/10/2024] - Arroba do boi tem mais um dia de alta
[11/10/2024] - Em São Paulo o boi continua subindo
[11/10/2024] - Entidade critica possível taxação de fertilizante
[11/10/2024] - Bancos adotam cautela e seguram crédito rural
[10/10/2024] - Arroba bate R$ 300 em várias praças
[10/10/2024] - Frigoríficos precisam de boi com urgência
[10/10/2024] - Preço do boi sobe com força em São Paulo e Goiás
[10/10/2024] - Bois de cocho não estão ajudando os frigoríficos
[10/10/2024] - CEPEA reage à troca de indicador pela bolsa
[10/10/2024] - MST elegeu 133 candidatos no último domingo
[09/10/2024] - Boi volta a subir em SP, mas escalas não avançam
[09/10/2024] - Oferta no mercado do boi segue bem curta
[09/10/2024] - EUA: Frigoríficos acusados de formação de cartel
[09/10/2024] - Indicador do mercado futuro do boi será trocado
[09/10/2024] - FPA dará prioridade ao combate a incêndios e marco
[09/10/2024] - Agro pode bater recorde de recuperações judiciais
[08/10/2024] - Frigoríficos voltam a pagar R$ 300 por arroba
[08/10/2024] - Arroba bate recorde de preço do ano em MT
[08/10/2024] - Boi parou de subir em São Paulo
[08/10/2024] - Exportações de carne seguem firmes em outubro
[08/10/2024] - Abate de vacas cai com força em Mato Grosso
[07/10/2024] - Exportações de carne bovina batem recorde de novo
[07/10/2024] - Disparada no preço do boi gordo continua
[07/10/2024] - Boi sobe pelo quinto dia seguido em São Paulo
[07/10/2024] - Leite: preço subiu e pode subir ainda mais
[07/10/2024] - Alta do boi já começa a bater na inflação
[07/10/2024] - Milho: produtor não quer vender
[04/10/2024] - Arroba do boi a R$ 300 já é uma realidade
[04/10/2024] - Frigoríficos pagam mais, mas não tem boi em SP
[04/10/2024] - Preço do leite e derivados também podem disparar
[04/10/2024] - STF pode propor nova lei para o marco temporal
[04/10/2024] - Agro leva MT a ter o maior superávit do país
[03/10/2024] - Boi continua em alta em grande parte do Brasil
[03/10/2024] - Preço do boi já recuperou as perdas do ano?
[03/10/2024] - Disparada da arroba não para em São Paulo
[03/10/2024] - Boi brasileiro está incomodando a União Europeia
[03/10/2024] - Mercado de fertilizantes ensaia recuperação
[02/10/2024] - União Europeia propõe adiar lei antidesmatamento
[02/10/2024] - UE dá detalhes da nova lei
[02/10/2024] - Mercado do boi vive uma euforia perigosa
[02/10/2024] - Frigoríficos já pagam acima da referência
[02/10/2024] - Boi tem nova alta em São Paulo
[02/10/2024] - FAESP comemora a alta do boi
[02/10/2024] - Leite: preço tem pequena alta em SC

     Clique aqui para ver o índice geral de noticias


 

 

 

Adicione seu site Comprar e vender Atendimento ao anunciante Mais buscados

Venda para a pecuária brasileira através da Internet!
Clique aqui e veja como anunciar no Pecuária.com.br