Cotações Mapas Notícias em seu e-mail
Precisa vender? Mais de 6.000 visitantes diariamente esperam pelo seu produto aqui no Pecuaria.com.br. Clique aqui e veja como e facil anunciar!
Arroba do Boi - R$ (À vista)
SP MS MG
238,00 228,00 233,00
GO MT RJ
226,00 213,00 228,00
Reposição - SP - R$
Bezerro 12m 1830,00
Garrote 18m 2190,00
Boi Magro 30m 2640,00
Bezerra 12m 1360,00
Novilha 18m 1700,00
Vaca Boiadeira 1870,00

Atualizado em: 4/12/2023 10:19

Cotações da Arroba: SP-Noroeste, MS-Três Lagoas, MG - Triângulo, GO - Região Sul, MT - Rondonópolis, RJ-Campos
Clique aqui e veja cotações anteriores

 

 

 

 


 
Receba, diariamente, em seu
e-mail nosso boletim com os assuntos que mais interessam
ao profissional do setor.

Clique aqui e inscreva-se gratuitamente.


Adriano Garcia
MTb 10252-MG

 

ARTIGO - Código Ambiental Internacional

 
 
 
Publicado em 06/06/2011

Denis Lerrer Rosenfield
O Estado de S. Paulo - 06/06/2011

O Rio de Janeiro organizará, no próximo ano, a Conferência da ONU sobre o Desenvolvimento Sustentável (UNCSD 2012), denominada de Rio +20, Na ocasião terá lugar igualmente a Cúpula dos Povos para o Desenvolvimento Sustentável - também chamada de Rio +20. Será uma oportunidade de reunião de países, ONGs e movimentos sociais, tendo como objetivo a preservação do meio ambiente. O seu mote é, portanto, uma grande discussão sobre o que a ONU denomina "economia verde" e desenvolvimento em "harmonia com a natureza". A mídia internacional se debruçará sobre esses eventos.

A oportunidade será única para todos os países levarem a sério o que se propõe, e não fazerem uma mera encenação que sirva apenas para impor regras aos países em desenvolvimento, em particular o Brasil, um dos que mais conservaram suas florestas nativas. Não deixa de ser estranho que o país mais preservacionista seja o alvo das atenções mundiais, sobretudo dos países desenvolvidos.

Uma proposta simples e singela seria a elaboração de um Código Ambiental Internacional, que fosse seguido por todos os países, a começar pelos EUA e pelos países europeus. O atual Código Florestal e o próximo estipulam que os empreendedores rurais e o agronegócio em geral devem, em todo o País, preservar a vegetação e a floresta nativas em 20% de suas propriedades, chegando a 35% no Cerrado e na zona de transição para a Floresta Amazônica, e a 80% nesta última. Isso se chama "reserva legal".

Nessa perspectiva, os EUA e os países europeus deveriam também criar o instituto da "reserva legal", estipulando um porcentual mínimo de 20%. Como se trata de países desmatadores, que devastaram sua vegetação e as florestas nativas, teriam um belo trabalho de recomposição de seus biomas originários. Meios científicos, tecnológicos e financeiros certamente não faltariam. Seria uma extraordinária contribuição à preservação ambiental, à "economia de verde" e ao desenvolvimento em "harmonia com a natureza". Não é isso que defendem? Por que não aplicam em seus próprios países?

Imaginem um planeta onde, uniformemente, em todos os Estados, houvesse a preservação de 20% de sua vegetação e das florestas nativas, obrigando os produtores rurais e o agronegócio desses países a renunciarem a tal parcela de suas propriedades. O índice poderia ser até mais alto, dependendo do maior interesse ambiental. Penso que deveriam fazer isso voluntariamente, pois não se cansam de defender essa ideia para o Brasil e outros países, como a Indonésia. Guardariam a coerência e seus discursos não seriam meros disfarces. Não esqueçamos que o Brasil preserva, até hoje, 61% de suas florestas nativas, chegando essa taxa a pouco mais de 80% na Amazônia. Nos EUA e nos países europeus, não chega, em média, a 5%. O ganho ambiental para eles, e para o planeta, seria enorme.

O ministro Antônio Patriota, em recente viagem aos EUA, foi obrigado a se explicar a um "think tank" sobre a legislação ambiental brasileira a partir da aprovação pela Câmara dos Deputados do novo Código Florestal. Como assim, se explicar? Ele é que deveria pedir explicações sobre a pouca atenção desse país à sua vegetação e às florestas nativas. Deveria perguntar por que os produtores rurais americanos e o seu agronegócio não dispõem da "reserva legal". Não deveriam criá-la? Têm medo do lobby desse seu setor? Por que vociferam aqui e se calam lá?

Um princípio elementar da ciência consiste na validade universal de suas proposições, que de hipóteses se tornam, então, verdades científicas. Se, por exemplo, a "reserva legal" ganha o estatuto de verdade científica, ela não poderia ser válida apenas para o Brasil, mas para todos os países do planeta. A SBPC e a Academia Brasileira de Ciências deveriam engajar as organizações congêneres nos EUA e na Europa na defesa da mesma posição, sob pena de ficar patente estarem elas a serviço particular de uma causa em que não haveria ciência alguma, mas tão só uma posição parcial e política.

Imaginem o ganho "científico" se essas entidades congêneres americanas e europeias se engajassem nos mesmos tipos de estudos e, sobretudo, na aplicação de políticas, pressionando os respectivos governos e se comprometendo, como fazem no Brasil, junto às editorias de jornais e dos meios de comunicação em geral.

Continua sendo um enigma, digamos de maneira polida, a omissão de ONGs e movimentos sociais em relação à preservação do meio ambiente nos países desenvolvidos. Ressalte-se que os ditos movimentos sociais no Brasil são, em sua maioria, patrocinados e financiados por entidades religiosas católicas, protestantes e anglicanas, tendo suas sedes em países como Grã-Bretanha, Canadá, Alemanha e Áustria.

Deveria ser provocada uma grande campanha internacional para a criação de reserva legal ou a conservação de áreas de preservação permanente (APPs) nos mesmos índices que são válidos no Brasil. Por que não utilizam, por exemplo, os mesmos critérios para os Rios Douro, Sena, Tâmisa e Reno? Por que não fazem campanha contra as plantações de tulipas na Holanda e o cultivo de uvas e produção de vinho na França, na Alemanha, na Itália e em Portugal? No Brasil não se pode cultivar à beira de rios, encostas e topos de morro e lá pode? De onde provém essa parcialidade?

Ressalte-se ainda que algumas dessas ONGs internacionais, e mesmo nacionais, são atuantes nesses países, algumas tendo neles seus escritórios centrais. Ademais, muitos países europeus financiam ONGs brasileiras, o que mostra uma mistura, diria "impura", entre interesses estatais e atuação ambientalista no Brasil.

A Conferência da ONU sobre o Desenvolvimento Sustentável e a Cúpula dos Povos para o Desenvolvimento Sustentável, ou seja, o megaevento Rio +20, seriam uma ocasião única para levantar o véu da hipocrisia.

Por que não um Código Ambiental Internacional?


 


   Leia também:
 
[04/12/2023] - Protecionismo francês trava acordo UE-Mercosul
[04/12/2023] - Negociador da UE cancela viagem ao Brasil
[04/12/2023] - Bancada reage a declarações de Lula em Dubai
[04/12/2023] - Exportações de carne dispararam em novembro
[04/12/2023] - Até onde vai a alta do boi?
[04/12/2023] - Demanda por carne bovina está forte
[04/12/2023] - Milho: plantio avança com preços subindo

Regras para a publicação de comentários


   Notícias Anteriores
 
[04/12/2023] - Pecuarista de MS deve atualizar rebanhos
[01/12/2023] - Preço do boi continua subindo
[01/12/2023] - Demanda por carne ganha força e puxa arroba
[01/12/2023] - Safra de soja em estado grave
[01/12/2023] - Fávaro diz que acordo Mercosul-UE está próximo
[30/11/2023] - Alta no preço do boi já começou
[30/11/2023] - Pecuária brasileira será impactada por Milei?
[30/11/2023] - México suspende compra de carne suína do Brasil
[30/11/2023] - MAPA deve assumir funções no crédito rural
[29/11/2023] - Quebradeira atinge empresas do Agro
[29/11/2023] - Burocracia trava nova rota para exportar carne
[29/11/2023] - China deve habilitar novos frigoríficos
[29/11/2023] - Preço do boi: nem pra cima, nem pra baixo
[29/11/2023] - Preço do leite volta a despencar com força
[29/11/2023] - FPA explica porque é contra o mercado de carbono
[28/11/2023] - Minerva quer dominar 50% das exportações
[28/11/2023] - Ação dos frigoríficos prejudica pecuaristas em MT
[28/11/2023] - Arroba: escalas de abate encurtaram
[28/11/2023] - Abates dispararam no terceiro trimestre
[28/11/2023] - Quanto está custando o farelo de soja?
[28/11/2023] - Exportações de milho serão menores
[28/11/2023] - Agro pode ser taxado para financiar a Embrapa
[27/11/2023] - Boi deve subir no curto prazo
[27/11/2023] - Quanto está o ágio do boi China em todo o Brasil?
[27/11/2023] - China vai continuar comprando a carne brasileira?
[27/11/2023] - Quanto está custando o milho?
[27/11/2023] - Como será a venda de fertilizantes em 2024?
[27/11/2023] - Governo nega verba para o seguro rural
[24/11/2023] - Boi arranca em São Paulo
[24/11/2023] - Minerva crê em sobra de gado no Brasil até 2025
[24/11/2023] - Consumidor brasileiro esta mais pessimista
[24/11/2023] - Fávaro volta ao MAPA sem votar marco temporal
[23/11/2023] - Exportações de carne podem bater 200 mil toneladas
[23/11/2023] - Boi de pasto só no início do ano que vem
[23/11/2023] - Preço do boi sobe forte em Goiás
[23/11/2023] - Leite: crise pode levar a uma disparada nos preços
[23/11/2023] - Pacheco adia derrubada do veto do marco temporal
[23/11/2023] - Terra produtiva não poderá ser desapropriada?
[23/11/2023] - Ministro diz que Lula apóia o agronegócio
[22/11/2023] - Fávaro sai do ministério para ajudar STF no Senado
[22/11/2023] - Frigoríficos compram boi acima da referência
[22/11/2023] - Banco prevê oferta alta de carne em 2024
[22/11/2023] - Leite: preço não cobre o custo de produção
[22/11/2023] - PIB per capita de MT dispara puxado pelo Agro
[22/11/2023] - FPA cobra Marina Silva sobre ações ambientais
[21/11/2023] - Mercado já prevê a arroba a R$ 240
[21/11/2023] - Frigoríficos estão ganhando muito, diz dirigente
[21/11/2023] - Boi deve voltar a subir logo
[21/11/2023] - Qual a previsão para o preço do milho?
[21/11/2023] - Faturamento do Agro de MT será menor este ano

     Clique aqui para ver o índice geral de noticias


 

 

 

Adicione seu site Comprar e vender Atendimento ao anunciante Mais buscados

Venda para a pecuária brasileira através da Internet!
Clique aqui e veja como anunciar no Pecuária.com.br