Publicado em 15/01/2020O Ministério da Agricultura do Uruguai informou na segunda-feira que a Arábia Saudita abriu seu mercado à carne bovina e ovina do país. A medida beneficia as brasileiras Marfrig e Minerva, que contam com abatedouros no Uruguai e poderão exportar para os sauditas.
De acordo com a Marfrig, as unidades de Tacuarembó, Salto, San José e Colônia foram autorizadas a vender à Arábia Saudita. A Marfrig é a maior empresa privada do Uruguai.
No caso da Minerva, foram habilitadas as unidades de Carrasco, com capacidade para abater 900 cabeças por dia, e Cerro Largo (Pul), com potencial para abater 1,4 mil bois por dia. A companhia tem uma terceiro frigorífico em Canelones, que está paralisado.
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A indústria de carne bovina uruguaia passa por uma fase conturbada devido ao elevado preço do gado — reflexo do ciclo pecuário e do forte ritmo de exportação de bois vivos.
Recentemente, em entrevista à publicação uruguaia “El País Rurales”, um executivo da Minerva confirmou que a companhia teve um prejuízo de US$ 20 milhões no Uruguai entre os meses de janeiro e setembro de 2019. Apesar disso, o bom desempenho no Brasil e na Argentina vem mais do que compensando a piora dos resultados do negócio no Uruguai.
Em meio ao cenário difícil no Uruguai, a Minerva chegou a paralisar temporariamente dois abatedouros no país no segundo semestre do ano passado — a planta de Carrasco voltou funcionar e a unidade de Canelones ficará fechada até fevereiro. Com informações do Valor.