Cotações Mapas Notícias em seu e-mail
Precisa vender? Mais de 6.000 visitantes diariamente esperam pelo seu produto aqui no Pecuaria.com.br. Clique aqui e veja como e facil anunciar!
Arroba do Boi - R$ (À vista)
SP MS MG
230,00 221,00 213,00
GO MT RJ
213,00 212,00 213,00
Reposição - SP - R$
Bezerro 12m 1790,00
Garrote 18m 2160,00
Boi Magro 30m 2570,00
Bezerra 12m 1400,00
Novilha 18m 1700,00
Vaca Boiadeira 2020,00

Atualizado em: 25/4/2024 11:04

Cotações da Arroba: SP-Noroeste, MS-Três Lagoas, MG - Triângulo, GO - Região Sul, MT - Rondonópolis, RJ-Campos
Clique aqui e veja cotações anteriores

 

 

 

 


 
Receba, diariamente, em seu
e-mail nosso boletim com os assuntos que mais interessam
ao profissional do setor.

Clique aqui e inscreva-se gratuitamente.


Adriano Garcia
MTb 10252-MG

 

Qual a posição dos frigoríficos neste momento?

 
 
 
Publicado em 19/03/2020

Em 2019, a Europa foi o segundo mais importante mercado comprador do agronegócio brasileiro, ficando apenas atrás da China. Do total de US$ 96,9 bilhões, a parte europeia foi de US$ 16,8 bilhões, valor equivalente a 17,5% do comércio. As exportações de carne bovina renderam US$ 588,8 milhões para 105,5 mil toneladas.

A importância do velho continente, mais do que volume e valor, está na importância do mercado como balizador de preço e qualidade do produto enviado. A Europa, de modo geral, importa determinados cortes mais valorizados. A China, por exemplo, importa praticamente o boi inteiro.
Continue a leitura após o anúncio

O surto de coronavírus, agora com epicentro em países europeus, levou os frigoríficos brasileiros a repensar suas estratégias. A consequência foi a paralisação dos abates de parte da indústria frigorífica. A DBO conversou com Antonio Camardelli, presidente da Associação Brasileira da Indústria Exportadora de Carne (Abiec).

DBO – Qual a influência sobre o mercado da carne após a decisão dos frigoríficos em suspender o abate em parte de suas unidades?

Camardelli – Essa decisão foi tomada sem nenhum ponto olhando o futuro distante. Foi tomada cima das notícias do mercado internacional, do mercado local, do prejuízo concreto. As pessoas estão proibidas de circular na Europa. Tudo isso leva a um prejuízo fundamental na área de food service, que é um grande negócio. O food service é um negócio maior para alguns grupos, mas é importante para todo mundo.

DBO – Como a Abiec analisa o cenário externo, olhando para a Europa?

Camardelli – Nós estamos olhando para o mercado. É esse o cenário. Lá fora há uma série de manifestações e de fatos concretos que te levam a ser prudente e não ser irresponsável. Eu não vou encher uma câmara com três mil, quatro mil bois e aí tentar vender. Com exceção da França e da Itália que pararam, se uma empresa fizer uma venda de um contêiner de filé mignon para a Alemanha ela vai processar quando estiver embarcando. Porque, a gente não sabe o que vai acontecer. Pode ocorrer que esse embarque seja suspenso por conta de uma decisão que o governo da Alemanha venha a tomar.Então, é preciso ser prudente com a minha capilaridade, tem que arrumar uma equação do que eu vendo e o que é factível em termos de comércio.

DBO – O sr. está dizendo que a indústria não pode pensar em estoque?

Camardelli – É uma irresponsabilidade fazer estoque. A gente está numa zona cinzenta, porque a exportação está extremamente complicada. A China vem retomando lentamente o mercado, mas, por outro lado há alguns outros problemas paralelos. Por exemplo, os armadores não vêm com contêineres vazios. Aí, é como se houvesse um bloqueio na cadeia de vários insumos – que não é o nosso caso por enquanto -, mas para esses contêineres há dificuldade de retornarem cheios. Então, alguns armadores têm tomado a decisão de voltar com contêineres vazios, mas é uma decisão de cada setor. Esse congestionamento nos portos, por conta da morosidade da China, também determinou que a gente tivesse prudência.

DBO – E quanto ao mercado interno?

Camardelli – No mercado interno é a mesma coisa. Alguns estados já decidiram e alguns ainda vão decidir que a única maneira, além de controlar grandes concentrações, é determinar algum tipo de restrição a acesso público, como a restaurantes por exemplo. Nós temos necessidade avaliações diárias. Grupos grandes, com mais frigoríficos, tomaram uma decisão antecipada que pode acontecer com grupos médios e com menor escala.

DBO – A Abiec está olhando também para os países Árabes, onde o Covid-19 causa desastres, como o Irã à beira de uma catástrofe?

Camardelli – Na verdade o Irã, por conta das sanções contra internacionais e as últimas intervenções, no último semestre o país reduziu de 31 para 5 plantas habitadas no Brasil. E ainda há poucos armadores para os portos do Irã. Por conta desse bloqueio, nós ainda mantemos o abastecimento do Irã via portos da Turquia, da Jordânia e de Dubai. E daí segue de caminhão para o país. Hoje, estamos trabalhando com uma ou duas empresas por conta das dificuldades financeiras. Ou seja, a ausência de dólar ou outra moeda forte inviabiliza o comércio. Assim, o Irã não é uma preocupação, hoje, embora a gente tenha todo o interesse nesse país. Não estou falando que eles não têm recursos, este é um problema de moeda. Em relação a outros países Árabe, a gente continua avaliando os cenários e acompanhando.

DBO – No caso da Rússia, um país historicamente oportunista que já criou muitos entraves às exportações brasileiras, qual é o atual cenário?

Camardelli – A Rússia, há vários anos, está em um processo tranquilo de comércio. Nós tivemos, fruto da decisão russa, seis plantas habilitadas. Aí o mercado virou. A gente acredita que, como a Argentina era um fornecedor de um produto especial – da chamada vulgarmente vaca-conserva – para a Rússia e eles passaram a vender 80% para a China, houve um retorno ao mercado brasileiro. Recentemente, passamos para 9 plantas. Então o nosso mercado para a Rússia está fluindo normalmente. A expectativa é de aumentar as plantas, mas isso depende de negociações entre os dois serviços sanitários.

DBO – Com as recentes medidas dos órgãos de saúde no Brasil, visando achatar a curva da contaminação pelo Coronavírus, vocês acreditam que possa ocorrer uma paralisação curta, tipo férias dos frigoríficos, e que a partir daí as coisas comecem a voltar à normalidade? Ou é totalmente imprevisível dizer qualquer coisa?

Camardelli – Nesse exato momento, acho que é prudente não falar qualquer coisa. O que a gente pode garantir, hoje, é uma boa vontade extrema. O Ministério da Economia pediu um relatório específico das nossas dificuldades. Nesta terça-feira estivemos com o governo do Estado de São Paulo, porque as autoridades queriam saber como estamos nos movimentando, que tipo de auxílio a gente precisa. A própria Ministra da Agricultura, Teresa Cristina, em uma ligação nesse dia à noite, teve o gesto da boa vontade de nos dar a seguinte notícia. No caso de falta de gente suficiente em algum frigorífico, de risco técnico, ela estaria resolvendo com equipes volantes. Isso demonstra uma vontade extrema de todo mundo de que as coisas se resolvam.

DBO – O sr. acaba de regressar da Argentina. A indústria frigorífica brasileira tem uma forte presença nos países do cone sul, especificamente Uruguai, Argentina e Paraguai. Há alguma ação em bloco da Abiec e das associações das indústrias desses países?

Camardelli – Não, ainda não. O que existe é que nós, por necessidade de ter um trabalho em grupo, há mais de 10 anos os ministros da Agricultura do Mercosul pediram que a gente fizesse um trabalho conjunto. Aí, a gente criou o Fórum Mercosul da Carne, onde estão todas as Abiecs do bloco, todas as CNAs, as Rurais. E nos encontramos para temas relacionados ao bloco. No caso do coronavírus, não está sendo debatida nenhuma questão e não há nenhuma reunião marcada. Não há nenhum movimento nesse sentido. Com informações da DBO.


 


   Leia também:
 
[25/04/2024] - Governo exclui carnes da cesta básica
[25/04/2024] - Transferir gado entre fazendas agora paga imposto
[25/04/2024] - Exportações de carne devem bater recorde em abril
[25/04/2024] - Arroba: poucos negócios no mercado de SP
[25/04/2024] - Colômbia barra importações de carne dos EUA
[25/04/2024] - O tombo da indústria do leite no Rio Grande do Sul
[25/04/2024] - Qual é a projeção para o preço do leite no RS?

Regras para a publicação de comentários


   Notícias Anteriores
 
[24/04/2024] - Regra ambiental pode barrar até pecuarista legal
[24/04/2024] - Projeto anti-invasão avança na Câmara
[24/04/2024] - Como está o custo de produção do boi em MT?
[24/04/2024] - Preço do boi sobe em Mato Grosso
[24/04/2024] - Arroba: como está o mercado do boi em São Paulo?
[24/04/2024] - Pecuária sofre com tombo da arroba e do leite
[23/04/2024] - Exportações de carne já superaram abril de 2023
[23/04/2024] - Semana começa devagar no mercado do boi
[23/04/2024] - Marco Temporal está em vigor, diz STF
[23/04/2024] - Líder de Lula pede demissão por ser contra invasão
[23/04/2024] - O agro brasileiro exige respeito
[22/04/2024] - MST promete dobrar as invasões até o fim de abril
[22/04/2024] - Projetos anti-invasão avançam no Congresso
[22/04/2024] - Tem boi represado nos pastos brasileiros?
[22/04/2024] - Preço da reposição subiu com força em SP
[22/04/2024] - Compradores de milho estão fora do mercado
[22/04/2024] - Governo de SC lança programa de apoio ao leite
[19/04/2024] - Semana de preços firmes para o boi gordo
[19/04/2024] - Está faltando boi em São Paulo
[19/04/2024] - Leite: custo de produção volta a cair em março
[19/04/2024] - Como renegociar seu crédito rural?
[19/04/2024] - MST monta novo acampamento no RS
[18/04/2024] - Tensão cresce entre Agro e Governo Lula
[18/04/2024] - Invasões do MST chegam a 11 estados do Brasil
[18/04/2024] - MST invade sede do Incra em Mato Grosso do Sul
[18/04/2024] - É hora de comprar boi magro?
[18/04/2024] - Boi China a preço de boi comum?
[18/04/2024] - Unidade da JBS é fechada em Goiás
[18/04/2024] - Entidades querem união contra leite importado
[18/04/2024] - Agro salva a balança comercial de São Paulo
[17/04/2024] - Câmara aprova urgência para punição de invasores
[17/04/2024] - Em evento com Lula, ministro celebra ações do MST
[17/04/2024] - Pecuaristas travam vendas e boi sobe
[17/04/2024] - Economia brasileira perdeu força em fevereiro
[16/04/2024] - Exportações crescem mais de 70% em abril
[16/04/2024] - Preços da carne exportada continuam preocupando
[16/04/2024] - Como está o preço do boi em SP e Goiás?
[16/04/2024] - MST invade área da Embrapa pela terceira vez
[16/04/2024] - Governo lança programa para atender ao MST
[16/04/2024] - Coca-Cola sai do mercado de lácteos no Brasil
[15/04/2024] - Unidade da JBS vai dobrar abates em um ano
[15/04/2024] - Lupion recusa convite para evento ao lado de Lula
[15/04/2024] - PGR pede a derrubada do marco temporal
[15/04/2024] - MST ignora Lula e invade terras em seis estados
[15/04/2024] - Como foi a semana passada no mercado do boi?
[15/04/2024] - Preço de milho despencou
[12/04/2024] - Em evento na JBS, Lula elogia os irmãos Batista
[12/04/2024] - Exportações de MS para a China podem disparar
[12/04/2024] - Brasil tenta mudar protocolo sanitário com a China
[12/04/2024] - China reduziu compras do agronegócio brasileiro

     Clique aqui para ver o índice geral de noticias


 

 

 

Adicione seu site Comprar e vender Atendimento ao anunciante Mais buscados

Venda para a pecuária brasileira através da Internet!
Clique aqui e veja como anunciar no Pecuária.com.br