Publicado em 04/05/2020O estado de São Paulo anunciou que irá manter o calendário de vacinação contra a febre aftosa seguindo o seu cronograma estipulado, mesmo com o surto de coronavírus. A primeira etapa de imunização ocorrerá de 1º a 31 de maio, conforme estabelecido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Nesse cenário, o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP) afirmou que cumprir o calendário é uma medida indispensável e que coaduna com os pilares da Saúde Única. “A imunização deve ser planejada como de costume, com os cuidados adicionais que o momento atual requer, ou seja, com a intensificação nos procedimentos de higienização dos profissionais e ambientes, uso de EPIs, maior distância entre as pessoas nos locais e afastamento dos trabalhadores com sintomas de alterações respiratórias”, afirmou o médico-veterinário Fábio Alexandre Paarmann, membro da Comissão Técnica de Saúde Animal (CTSA) do CRMV-SP.
De acordo com o presidente da Comissão, Odemilson Donizete Mossero, os médicos-veterinários que atuam em Defesa Sanitária Animal possuem preparação para ações emergenciais na área animal e precisam se manter alertas neste momento delicado de saúde pública, a fim de não permitir retrocessos sanitários. “Doenças de alto risco sanitário – como é o caso da febre aftosa, que não é notificada em São Paulo desde 1996 – exigem atenção permanente”, completa.
“Falhas no sistema de vigilância e no processo de imunização dos animais podem resultar em consequências negativas para o estado e para o país, como a reintrodução da doença, tendo em vista a movimentação ilegal de animais suscetíveis, que corresponde à principal causa de ocorrência de novos focos”, conclui Adriano Macedo Debiazzi, gerente do Programa Estadual de Erradicação da Febre Aftosa. Com informações do Agrolink.