Publicado em 12/11/2020A Marfrig apresentou hoje à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) seu resultado fiscal do terceiro trimestre de 2020.
A companhia registrou mais um período de avanço expressivo em seus indicadores financeiros e operacionais. Inserida em um mercado global que continua a demandar fortemente proteína bovina, a Marfrig atingiu uma receita líquida consolidada -- que considera as operações da América do Norte e da América do Sul -- de 16,8 bilhões de reais. Trata-se de um crescimento de 32% em relação ao terceiro trimestre de 2019. O Ebitda Ajustado (lucro antes de impostos, depreciações e amortizações) foi de 2,2 bilhões de reais, 47% superior na comparação anual. A margem Ebitda chegou a 13%.
Apesar dos enormes desafios econômicos impostos pela pandemia de covid-19, a Marfrig apresentou no acumulado do ano lucro líquido de R﹩ 2,1 bilhões. Foram 674 milhões de reais no intervalo entre julho e setembro deste ano, contra 100 milhões de reais no terceiro trimestre do ano passado. A alavancagem, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda Ajustado, chegou ao menor patamar histórico: 1,88 vez, em real, e 1,68 vez em dólares. E o fluxo de caixa livre atingiu 1,6 bilhão de reais no período, 91% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. "Estamos cumprindo todas as promessas que fizemos ao mercado de forma consistente", diz Marcos Molina dos Santos, fundador e presidente do Conselho de Administração. "A cada dia, a Marfrig torna-se uma empresa operacionalmente e financeiramente melhor."
A empresa fez movimentos decisivos nas áreas de inovação e sustentabilidade no período. Em julho, lançou de forma pioneira o programa Marfrig Verde+ que prevê, entre outras medidas, a inclusão de pecuaristas em sistemas sustentáveis de produção e o rastreamento total de todo o gado adquirido num período máximo de 10 anos. Em agosto a Marfrig lançou, em parceria com a Embrapa, a marca Viva, que batiza a primeira linha de carnes carbono neutro certificada no mundo. Graças a iniciativas como essas, a Marfrig acaba de obter a primeira melhor colocação entre os pares diretos e a quarta melhor posição entre companhias de proteína animal no ranking global da FAIRR Initiative, uma rede colaborativa de investidores que aponta riscos e oportunidades da indústria de carne em questões ambientais, sociais e de governança (ESG).
Há algumas semanas, a PlantPlus Foods, joint-venture entre a Marfrig e a americana ADM, obteve as aprovações das autoridades regulatórias e está pronta para iniciar suas operações. A PlantPlus produzirá em larga escala, distribuirá e venderá produtos feitos com carne à base de plantas para os mercados da América do Sul e da América do Norte.
OPERAÇÃO AMÉRICA DO NORTE
Após um período atípico, causado pela queda da oferta de gado e pelos impactos da pandemia na produção, o mercado americano de carne bovina voltou a patamares considerados normais. No trimestre, a Operação América do Norte da Marfrig, representada pela National Beef, obteve uma receita líquida de 2,2 bilhões de dólares (12 bilhões de reais) -- em linha com o resultado registrado no terceiro trimestre de 2019, quando os preços foram positivamente afetados por um incidente que paralisou uma unidade de um dos principais concorrentes locais. O Ebitda Ajustado atingiu 321 milhões de dólares (1,7 bilhão de reais) e a margem Ebitda Ajustado foi de 14,4%. No trimestre, a National Beef registrou recorde no volume de vendas -- uma demonstração de que a demanda do mercado americano continua em alta.
Atualmente, a Operação América do Norte representa 65% das receitas líquidas totais da Marfrig, e 77% do Ebitda total. "Neste trimestre, vimos as consequências da pandemia perderem força no mercado", diz Tim Klein, CEO da Operação América do Norte. "Os valores do gado e o preço da carne bovina voltaram aos patamares considerados normais e a operação das empresas do setor retomaram os níveis pré-covid, com a redução do absenteísmo."
OPERAÇÃO AMÉRICA DO SUL
O terceiro trimestre de 2020 foi um período de recordes para a Operação América do Sul da Marfrig. Com 17 unidades de abate e outras 7 de processamento no Brasil, na Argentina, no Uruguai e no Chile, a Operação América do Sul registrou uma receita líquida de 4,8 bilhões de reais, a maior já obtida em um trimestre. Em relação ao mesmo período de 2019, o crescimento de receita foi de 26,3%. Esse avanço foi motivado, em grande medida, pela alta do volume de exportações e pela desvalorização de mais de 35% do real frente ao dólar. O Ebitda Ajustado avançou 125%, passando de 224 milhões no terceiro trimestre de 2019 para 505 milhões de reais. A margem Ebitda Ajustado, por sua vez, foi de 5,9% para 10,5%, na comparação anual. "Na Marfrig, acreditamos que sempre é possível fazer melhor", afirma Miguel Gularte, CEO da Operação América do Sul. "Estamos focados em ser uma operação global de excelência e avançamos dia após dia."
A Operação América do Sul também nunca exportou tanto quanto neste terceiro trimestre de 2020. O volume exportado foi de 138 mil toneladas, um aumento de 19,3% comparado ao terceiro trimestre passado. As vendas internacionais passaram a representar 62% das receitas totais da Operação, um aumento de 11 pontos percentuais na comparação anual. E mais da metade das receitas provenientes de exportação veio dos mercados da China e de Hong Kong.
A Marfrig é hoje a empresa com o maior número -- 13, no total -- de unidades habilitadas na América do Sul para vender aos chineses. Com o crescimento dos volumes exportados e a melhoria dos preços, China e Hong Kong passaram a responder por 10% das vendas totais da Marfrig. Os Estados Unidos foram outro mercado de destaque no período. Entre julho e setembro, as vendas da Marfrig para o país, concentradas na carne orgânica produzida no Uruguai e na carne in natura brasileira -- dobraram.
Avanços em eficiências operacionais, com aumento de produtividade nas unidades e crescimento de 71% no volume de produtos processados, e de mercado fizeram com que a Operação América do Sul atingisse um lucro bruto de 727 milhões de reais, quase 80% superior ao registrado no terceiro trimestre de 2019. O Ebitda Ajustado cresceu 125%, passando de 224 milhões para 505 milhões de reais na comparação anual. Considerando-se esse mesmo parâmetro, a margem Ebitda Ajustado passou de 5,9% para 10,5%.
SOBRE A AMÉRICA DO SUL
A Marfrig é responsável pela gestão de 11 unidades de abate e 3 unidades de processamento no Brasil- incluindo a produção de alimentos prontos como carne enlatada, beef jerky, molhos e sachês. Esses produtos são comercializados no mercado interno em canais de varejo, atacado e food service, além de serem exportados para cerca de 100 países. A Marfrig também possui 4 unidades produtivas instaladas na Argentina, onde é líder nacional na produção e venda de hambúrgueres. No Uruguai, opera 5 unidades e é a maior empresa de abate e exportação do país. No Chile, a companhia é a principal importadora de carne bovina e mantém 1 unidade de abate de cordeiros que atende aos mais diversos países.
SOBRE A AMÉRICA DO NORTE
A National Beef, localizada nos Estados Unidos e controlada pela Marfrig, exporta para mais de 30 países e tem capacidade de abate de 13,1 mil cabeças de gado por dia. A companhia é responsável por 3 unidades de abate de bovinos, 5 unidades de processamento de carne, incluindo um curtume e uma das maiores fábricas de hambúrgueres do mundo, localizada em Ohio. Seus produtos são comercializados internamente nos canais de varejo, atacado e food service, sendo também a principal exportadora de carne bovina resfriada dos Estados Unidos, focada nos mercados do Japão e Coreia do Sul. A National Beef também responde pela comercialização de produtos aliados/complementares e os subprodutos originários do processo, operação de curtume e de logística, e venda de produtos online direto para o consumidor. Com informações da assessoria de imprensa da Marfrig.