Publicado em 14/10/2021Seja qual for o motivo que leva a China a não liberar as importações de carne bovina, passados mais de 40 dias dos casos notificados de vaca louca como atípicos, não deixa de ser uma estratégia comercial.
Quando o embargo for liberado, o viés de alta para o boi, que a demanda acabará proporcionando, sairá de um piso muito baixo. E a carne também ficará.
Desde dia 2 de setembro, quando o mercado acordou com os eventos – o Mapa somente oficializou dia 4 -, o boi gordo já perdeu uns R$ 25, por baixo.
Caso a China tivesse voltado à importar mais cedo, como no caso de 2019, em 13 dias por exemplo, haveria teto para ser buscado, porque os confinamentos estariam escoando os animais.
E os chineses estavam comprando aceleradamente desde julho. Tanto que os números de exportações em setembro não foram ruins, contabilizando a carne que está estava nos portos e originadas antes da doença registrada.
Agora, qualquer escalada que venha com a retomada dos embarques, a qualquer momento, além de sair de um piso achatado, ainda pega os confinamentos com bois estocados que não foram vendidos nesse período. Bom para os chineses, melhor ainda para os frigoríficos. E para o pecuarista? Com informações do Money Times.