Publicado em 13/01/2022Municípios de Toledo e Medianeira receberam a comitiva do Mapa, com participação da FAEP, que percorre todo o Paraná até esta sexta-feira (14), para avaliar as perdas causadas pela estiagem
Toledo, na região Oeste, foi o primeiro destino do terceiro dia da expedição comandada pelo Mapa, com participação da FAEP e outras entidades, para avaliar os prejuízos causados pela severa estiagem que se abateu sobre o Paraná. Desde o início da semana integrantes do Ministério e da Conab estão percorrendo o Estado, se reunindo com produtores e lideranças rurais para compor um quadro da situação da agropecuária paranaense frente à seca. Os dados sobre as perdas de produção e as possíveis soluções para mitigar este problema serão levados à ministra Tereza Cristina.
Participaram deste encontro representantes do poder municipal, da Seab, das cooperativas Coamo e Primato, além de produtores e lideranças rurais.
Responsável pelo maior Valor Bruto de Produção (VBP) Agropecuária do Estado, Toledo tem como carro-chefe da sua economia a produção de proteínas, que foi severamente afetada pelas quebras ocorridas no campo, que impactaram o custo da alimentação animal.
De acordo com a Seab, na regional de Toledo, que abrange 20 municípios, a quebra na produtividade da soja foi de 75% na média, colocando a região como a mais afetada pela seca no Estado. Além do volume reduzido, o clima prejudicou a qualidade dos grãos, o que impactará diretamente as cadeias de aves, suínos, peixes e pecuária de leite.
Os números apresentados pela Seab vão ao encontro dos dados levantados pela cooperativa Primato, apresentado na ocasião. De acordo com o presidente da cooperativa, Anderson Sabadin, além das perdas de 75% na soja, constatou-se perda de 45% na produtividade do milho. “A qualidade dos grãos também preocupa, chegamos a devolver várias cargas por falta de qualidade”, disse. Segundo ele, além do preço e da qualidade, preocupa a disponibilidade desses insumos. “A grande preocupação passa a ser se teremos grãos, matéria prima para esmagar e manter o animal a campo”, avaliou. Com informações da FAEP.