Publicado em 07/11/2023O Palácio do Planalto determinou que ministros não façam declarações públicas sobre as críticas ao Enem pela bancada do agronegócio. O objetivo é evitar agravamento da crise com o setor.
A Frente Parlamentar da Agropecuária pediu o cancelamento de questões do Enem por considerá-las ideológicas e solicitou que o ministro da Educação, Camilo Santana, esclareça o caso ao Congresso.
Preocupado com o impacto no andamento de projetos governamentais, o Planalto decidiu responder somente por notas e atribuir ao Inep a tarefa de contestar as críticas.
Análise interna do governo indica que os ministros da Educação e da Agricultura, Carlos Fávaro, devem se distanciar do debate para não intensificar críticas da bancada ruralista.
Informações indicam que Camilo e Fávaro têm opiniões distintas sobre o assunto. Camilo nega influência ideológica no Enem, enquanto Fávaro defende uma abordagem mais ativa com a bancada agropecuária.
Aliados de Fávaro mostram preocupação com a relação tensa com a bancada do agronegócio e sugerem a necessidade de diálogo.
Acredita-se que o ministro da Agricultura deva liderar esforços para dialogar com parlamentares do agronegócio e evitar impactos negativos em votações de interesse do governo. A Frente Parlamentar da Agropecuária inclui 300 deputados e 44 senadores.
Conselheiros do ministro sugerem que conflitos com a bancada podem ser resolvidos atendendo demandas do setor. Recentemente, houve reclamações sobre atraso na liberação de verbas para o seguro rural.