Publicado em 14/11/2023Em entrevista ao jornal O Globo, publicada em 12 de setembro, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, defendeu as invasões de terras pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Ele descreveu as ações do movimento como “instrumento legítimo de pressão”. Recordando as invasões ocorridas em março e abril, Teixeira afirmou que foram uma “pressão legítima e tiveram uma resposta do governo”.
Sobre a criação de um canal de renegociação com o MST, ele declarou que “Não precisa de outro modo de pressão, como ocupações de terra, para que eles possam atingir os objetivos”. Questionado sobre futuras invasões, Teixeira mencionou que “Na medicina, no amor e na política você nunca diz ‘nunca’ e nunca diz ‘sempre’”.
Referindo-se às famílias assentadas, o ministro informou que “foram assentadas seis mil famílias” e que o objetivo é chegar a “nove mil famílias no primeiro ano de governo”. Ele reforçou que “o planejamento está em curso” para os próximos quatro anos.
Ao discutir os vetos ao marco temporal, Teixeira destacou uma decisão do Supremo Tribunal Federal, salientando que “Se qualquer lei a contrariar vai ser arguida a inconstitucionalidade; seja por qualquer partido ou pela PGR (Procuradoria-Geral da República), que tem o dever de fazê-lo”.