Publicado em 17/11/2023O Pantanal enfrenta um aumento significativo de incêndios em 2023, com quase cinco mil focos de calor registrados, quase quatro vezes mais que no ano anterior. Essa situação preocupa os pecuaristas da região, que se organizam para combater o fogo, frequentemente originário de reservas e parques naturais. O fenômeno El Niño, intensificando a seca, agrava a situação em Mato Grosso do Sul, onde se localiza a maior parte do bioma.
Eduardo Cruzetta, presidente da Associação Pantaneira de Pecuária Orgânica e Sustentável (ABPO), descreve a situação como crítica, com condições favoráveis à propagação do fogo. Atualmente, mais de 200 brigadistas do Prevfogo atuam para conter incêndios em áreas críticas, incluindo a Terra Indígena Kadiwéu. O Ibama solicitou reforços federais, com a chegada iminente de brigadistas do Paraná.
João Marson, de Miranda (MS), relata a dificuldade em controlar os incêndios, que frequentemente começam em áreas com excesso de biomassa e se espalham rapidamente. Cruzetta observa que o fogo muitas vezes inicia em áreas não habitadas por bovinos, incluindo fazendas abandonadas.