Publicado em 28/11/2023Uma Audiência Pública realizada na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) nesta segunda-feira (27/11) focou na discussão da moratória da carne, um tema de grande relevância para a economia do estado. A moratória da carne é um compromisso adotado por frigoríficos para não adquirir carne de áreas desmatadas na Amazônia Legal, mesmo que o desmatamento seja legal.
Este pacto afeta diretamente os pecuaristas, pois restringe a venda de carne proveniente de áreas recentemente desmatadas. O presidente do Sistema Famato, Vilmondes Tomain, expressou preocupação com a imagem negativa dos produtores agropecuários, ressaltando o cumprimento rigoroso das legislações ambientais. Ele defende que, apesar do respeito às leis ambientais, os produtores são vistos de forma injusta.
A moratória da carne, junto com a moratória da soja, que impede a compra de soja de áreas de desmatamento na Amazônia, tem potencial para impactar economicamente o estado de Mato Grosso. Ilson Redivo, 1º vice-presidente da Famato, salientou que estas moratórias podem limitar o crescimento econômico, especialmente nas regiões norte do estado, onde há áreas a serem exploradas legalmente.
Além de Tomain e Redivo, estiveram presentes na audiência outros representantes da Famato, bem como presidentes de sindicatos rurais, prefeitos, produtores rurais e membros de entidades como a Associação de Produtores de Soja (Aprosoja Brasil e Aprosoja MT) e a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat).