Publicado em 16/02/2024Em 2024, o deputado Pedro Lupion (PP-PR) enfatizou a importância da bancada do agronegócio no Congresso Nacional, destacando sua influência em diversas pautas além da agricultura, como educação, aborto, drogas e segurança pública. O papel dessa bancada mostrou-se crucial para a oposição, especialmente após a paralisação das atividades legislativas em 2023, evidenciando sua força política.
As reações dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), contra interferências externas, marcaram o início das atividades legislativas do ano. Ambos criticaram ações do Executivo e do Judiciário que, segundo eles, limitavam a autonomia do Congresso.
O governo, buscando reparar relações, sinalizou a liberação de recursos para o agronegócio, afetado por problemas climáticos. Essa aproximação envolve a possibilidade de medidas provisórias e a expansão de programas como o seguro rural.
A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), após um 2023 de confrontos com os Poderes Executivo e Judiciário, reforçou sua posição ao obstruir votações importantes, desafiando decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) e impondo derrotas ao governo, especialmente na desoneração da folha de pagamento e no marco temporal para demarcação de terras indígenas.
O líder da oposição, Carlos Jordy (PL-RJ), conta com o apoio da bancada do agronegócio em 2024, destacando sua postura conservadora e produtiva. Jordy critica a postura do STF e do governo, esperando resistência da FPA.
Lupion, ao abrir os trabalhos legislativos, criticou a relação inicial turbulenta entre governo e Congresso, ressaltando a necessidade de respeito mútuo entre os poderes. Ele questionou a reação do governo a decisões congressuais, como a desoneração e o marco temporal, e expressou choque com a exclusão da FPA de debates importantes como a Conferência Nacional de Educação (Conae).
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, prometeu recursos para o agronegócio, enquanto o secretário de Política Agrícola, Neri Geller, adotou um tom cauteloso, enfatizando a necessidade de diálogo com o Congresso sobre prioridades, incluindo o seguro rural.
Lupion criticou cortes no orçamento para o seguro agrícola pelo governo Lula, destacando a necessidade de "sobreviver" e negociar frente às adversidades impostas pelo governo. Ele ressaltou a importância do seguro rural para os agricultores, especialmente diante dos desafios climáticos que reduziram a área segurada no país.