Publicado em 14/08/2024A JBS registrou lucro líquido de R$ 1,7 bilhão no segundo trimestre de 2024, revertendo o prejuízo de R$ 263,6 milhões do mesmo período do ano anterior. A receita líquida consolidada da empresa atingiu R$ 100,6 bilhões, um aumento de 12,6% em relação ao segundo trimestre de 2023.
O desempenho positivo foi impulsionado pela queda nos custos de insumos, como milho e farelo de soja, e pelo equilíbrio entre oferta e demanda de carnes bovina, suína e de frango, com exceção do mercado de bovinos na América do Norte, onde as margens continuam pressionadas.
Gilberto Tomazoni, CEO global da JBS, atribuiu os resultados a melhorias operacionais, destacando o desempenho da unidade Seara, cuja margem subiu para 17,4%, um aumento de 13,3 pontos percentuais em comparação anual.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado foi de R$ 9,88 bilhões, mais que o dobro do registrado no mesmo período de 2023, quando o Ebitda foi de R$ 4,47 bilhões.
A empresa informou que 75% das suas vendas globais ocorreram nos mercados domésticos, com os 25% restantes provenientes de exportações. A geração de caixa livre aumentou de R$ 1,26 bilhão no segundo trimestre de 2023 para R$ 5,5 bilhões em 2024, permitindo a redução da alavancagem para 2,77 vezes, em comparação a 4,15 vezes no ano anterior.
O diretor financeiro, Guilherme Cavalcanti, destacou que a redução da alavancagem foi alcançada antes do previsto, e que a tendência é de melhora contínua nos próximos trimestres, com a expectativa de que a alavancagem se aproxime de 2 vezes até o final do ano.
Cavalcanti também mencionou que a alta do dólar tem sido favorável para a JBS, devido à natureza exportadora da empresa e à geração de 70% do faturamento fora do Brasil. Ele acrescentou que metade das receitas das operações brasileiras é proveniente de exportações, beneficiadas pela valorização do dólar.