Publicado em 26/11/2024Os contratos futuros do milho na Bolsa Brasileira (B3) encerraram a segunda-feira (25) em queda, com cotações entre R$ 67,61 e R$ 72,40, acumulando desvalorizações de até 1,12%. Este foi o oitavo pregão consecutivo de baixas, levando os preços ao menor nível desde 8 de outubro, segundo a consultoria Agrinvest.
“A exportação do Brasil segue lenta devido à menor competitividade frente aos Estados Unidos, Argentina e Ucrânia. A safra de verão apresenta bom desenvolvimento, e a valorização recente melhorou as margens dos produtores, o que pode incentivar a expansão da área de milho segunda safra em 2025”, destacaram os analistas da consultoria.
Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) indicam que, até novembro, foram embarcadas 3,46 milhões de toneladas de milho, 46,75% abaixo do volume registrado no mesmo período de 2023. A média diária de embarques até agora, de 247,3 mil toneladas, representa uma queda de 33,2% em relação à média diária do mesmo mês no ano passado.
Para Ronaldo Fernandes, analista da Royal Rural, as exportações de novembro podem superar 5 milhões de toneladas devido às compras realizadas por traders. Contudo, ele prevê uma queda significativa em dezembro. “Estamos tentando chegar a 40 milhões de toneladas no ano, mas em 2023 exportamos mais de 50 milhões. Já vemos uma desaceleração nos negócios para dezembro, o que preocupa”, afirmou.
No mercado físico, a saca de milho registrou desvalorizações em localidades como Rio do Sul (SC), Itapetininga (SP), Campinas (SP) e Porto de Santos (SP). Em contrapartida, houve valorização em Sorriso (MT) e Brasília (DF).
Na B3, as cotações fecharam com perdas: janeiro/25 caiu 1,12%, para R$ 71,31; março/25 recuou 0,96%, para R$ 72,40; maio/25 teve baixa de 0,80%, negociado a R$ 71,64; e julho/25 desvalorizou 0,68%, cotado a R$ 67,61.