Publicado em 09/12/2024O mercado brasileiro de boi gordo enfrentou mudanças significativas na primeira semana de dezembro, com queda nos valores da arroba. Após altas em novembro, o cenário foi influenciado pela entrada de animais confinados, que ampliou as escalas de abate nas indústrias.
Segundo Fernando Iglesias, analista da Safras & Mercado, a tendência de curto prazo é de continuidade na queda dos preços, devido ao aumento da capacidade ociosa, especialmente nas indústrias voltadas ao mercado interno.
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"O ambiente de negócios ainda sugere pela continuidade do movimento de queda no curto prazo", afirmou.
Demanda interna em baixa
O mercado doméstico enfrenta dificuldades, com consumidores migrando para proteínas mais baratas, como o frango. Esse comportamento impacta os preços do boi gordo, que, no dia 5 de dezembro, estavam assim nas principais praças do país:
São Paulo (Capital): R$ 325 (-9,72% em relação a 29/11)
Goiânia (GO): R$ 315 (-11,27%)
Uberaba (MG): R$ 315 (-5,97%)
Dourados (MS): R$ 315 (-8,7%)
Cuiabá (MT): R$ 310 (-7,46%)
Vilhena (RO): R$ 290 (-6,45%)
Mercado atacadista e exportações
No atacado, os preços ficaram estáveis. Cortes do dianteiro do boi mantiveram-se em R$ 20,50/kg, enquanto os cortes do traseiro subiram 1,89%, de R$ 26,50 para R$ 27,00/kg. Apesar da maior circulação de dinheiro na economia, os consumidores priorizam proteínas mais acessíveis, dificultando repasses de custos na cadeia da carne bovina.
Nas exportações, o Brasil obteve US$ 1,109 bilhão com carne bovina fresca, congelada ou refrigerada em novembro, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Foram exportadas 228,132 mil toneladas, a US$ 4.865,50 por tonelada. Em relação ao mesmo mês de 2023, houve aumento de 28,6% no valor médio diário, 21,4% na quantidade exportada e 5,9% no preço médio.
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