Publicado em 11/12/2024O confinamento de bovinos no Brasil deve alcançar 7,37 milhões de cabeças em 2024, o que representa um aumento de 6,5% em relação ao ano passado, segundo dados da Scot Consultoria. Desse total, 39,4% já foram mapeados, com 2,9 milhões de animais em sistemas intensivos destinados ao abate.
A prática de confinamento vem ganhando força no país, refletindo maior adoção de estratégias intensivas de produção. Em 2024, foram mapeadas 218 propriedades em 16 estados, totalizando 3,8 milhões de bovinos criados em sistemas intensivos e semi-intensivos.
Estados em destaque
O Pará lidera no uso de sistemas integrados, com 85% das propriedades adotando a integração lavoura-pecuária (ILP). Além disso, o estado se consolidou como principal exportador de gado vivo, responsável por quase metade das cabeças embarcadas em 2023. A intenção de confinamento no Pará também registrou alta de 28%.
O Maranhão apresentou o maior crescimento percentual no confinamento de bovinos, com aumento de 85%. No estado, mais de 60% das propriedades adotaram a ILP, reforçando o avanço da pecuária intensiva na região Norte.
Sustentabilidade e eficiência
Soluções sustentáveis estão cada vez mais presentes na pecuária intensiva. A coleta e reutilização de dejetos foram identificadas em 92,5% dos confinamentos analisados. Esses resíduos, antes descartados, agora são utilizados para adubação de pastagens e lavouras, promovendo eficiência ambiental e produtiva.
Apesar dos avanços, desafios persistem, como a baixa participação de mulheres na atividade (11%) e a pouca qualificação formal da mão de obra, com apenas 4,6% possuindo ensino superior.