Publicado em 16/12/2024As cotações do boi gordo recuaram ao longo da semana no mercado brasileiro. Segundo Fernando Iglesias, analista da Safras & Mercado, a tendência é de manutenção dessa queda no curto prazo. “Com escalas de abate mais alongadas, os frigoríficos testam preços mais baixos na compra de boi”, explicou.
A retração também reflete a dificuldade de repassar os preços ao longo da cadeia produtiva, com os consumidores optando por proteínas mais baratas. “As exportações, no entanto, continuam sendo a principal válvula de escape”, destacou Iglesias.
Acompanhe as cotações da arroba do boi gordo e da reposição em: www.pecuaria.com.br/cotacoes.php
Cotações da arroba
Os preços da arroba do boi gordo a prazo nas principais praças do país registraram as seguintes variações:
São Paulo (Capital): R$ 315 (-3,08%, ante R$ 325 da semana anterior)
Goiás (Goiânia): R$ 300 (-4,76%, ante R$ 315)
Minas Gerais (Uberaba): R$ 315 (estável)
Mato Grosso do Sul (Dourados): R$ 315 (estável)
Mato Grosso (Cuiabá): R$ 300 (-3,23%, ante R$ 310)
Rondônia (Vilhena): R$ 280 (-3,45%, ante R$ 290)
Estabilidade no mercado atacadista
No mercado atacadista, os preços permaneceram estáveis. Iglesias atribui isso ao alto custo da carne bovina, que tem levado consumidores a priorizar proteínas mais acessíveis, como cortes suínos e carne de frango.
Os cortes do dianteiro do boi seguiram cotados a R$ 20,50 o quilo, enquanto os cortes do traseiro mantiveram o preço de R$ 27,00 o quilo.
Exportações de carne bovina
As exportações brasileiras de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada renderam US$ 212,393 milhões nos primeiros cinco dias úteis de dezembro, com média diária de US$ 42,478 milhões, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
O volume total exportado foi de 43,033 mil toneladas, com média diária de 8,606 mil toneladas. O preço médio por tonelada ficou em US$ 4.935,50.
Na comparação com dezembro de 2023, houve redução de 10,4% no valor médio diário e queda de 17,4% no volume médio diário exportado. Por outro lado, o preço médio por tonelada avançou 8,5%.
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