Publicado em 20/12/2024Os compradores de milho brasileiro continuam ausentes, mesmo com a elevação nos prêmios para janeiro e a redução em julho, segundo a TF Agroeconômica. No Porto de Paranaguá, os prêmios para janeiro subiram 3 pontos, chegando a 120, sem interesse de compradores. Para julho/agosto, houve queda de 3 pontos, com prêmios reduzidos a 60, também sem negociações concretizadas.
No mercado chinês, as cotações do milho recuaram 5 CNY/t para janeiro e 3 CNY/t para março. Em contrapartida, o amido de milho registrou alta de 12 CNY/t em janeiro e queda de 4 CNY/t para março. Produtos derivados apresentaram variações: o preço dos ovos subiu 20 CNY/500kg para dezembro, mas recuou 21 CNY/500kg em janeiro, enquanto o suíno teve quedas expressivas de 420 CNY/t para janeiro e 220 CNY/t para março.
No mercado global, os preços FOB indicam competitividade do milho brasileiro, avaliado a US$ 217 no porto de Santos, frente a US$ 209 nos Estados Unidos e US$ 207 na Argentina. Outros fornecedores, como França (US$ 229), Romênia (US$ 210), Rússia (US$ 215) e Ucrânia (US$ 210), mantêm valores próximos, acirrando a concorrência e pressionando exportadores brasileiros.
Já os preços FOB do milho argentino foram registrados em US$ 207 para janeiro e US$ 205 para março e abril, sinalizando estabilidade na oferta do país vizinho. O cenário reforça a necessidade de estratégias mais agressivas para garantir a participação do Brasil no mercado internacional de milho.