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Adriano Garcia
MTb 10252-MG

 

A pecuária precisa se mexer

 
 
 
Publicado em 23/06/2009

Fabiano Tito Rosa

Os problemas relacionados às pressões sócio-ambientais e às campanhas difamatórias contra a pecuária e a carne bovina brasileira estão tomando proporções, no mínimo, preocupantes.

A nossa atividade (digo nossa, pois vivo da pecuária, apesar de não ser pecuarista) tem sido atacada por todos os lados. Sem dó, nem piedade. Afinal, argumentam “estudiosos”, jornalistas, ambientalistas e artistas, a pecuária instiga o desmatamento e o trabalho escravo, polui, acelera o aquecimento global, faz mal à saúde e por aí vai.

Está faltando pouco para a carne bovina ser considera o mal do século 21. A inimiga número um da humanidade, à frente do Osama Bin Laden. Aliás, eu já havia escrito isso no ano passado, meio em tom de brincadeira. Agora estou levando bem a sério.

No médio-longo prazo, o potencial de estrago dessa campanha ardilosa contra a carne é enorme. Anotem aí: iremos perder mercado, e não vai ser pouco. Ainda mais diante da dificuldade latente da nossa cadeia produtiva em se organizar no sentido de defender a sua imagem.


Pau na pecuária e na carne bovina

Nos últimos dias, os amigos Fernando Sampaio (engenheiro agrônomo e trader de carnes) e Pedro Eduardo de Felício (professor da Unicamp, que dispensa maiores apresentações), me enviaram algumas matérias/notícias veiculadas pela mídia de massa, que são de arrepiar os cabelos. Reproduzo alguns trechos a seguir:

Comércio de carne pesa em destruição da Amazônia: Consumidores de todo o mundo estão inadvertidamente contribuindo para a destruição da Amazônia ao comprar carne... alertou a entidade ambiental Greenpeace... parte significativa da carne exportada por grandes frigoríficos brasileiros vem de fazendas com participação ativa em recentes casos de destruição ilegal da floresta... Grupos como o Greenpeace dizem que o gado amazônico é atualmente a maior causa individual do desmatamento no mundo, uma atividade que contribui com cerca de 20 por cento da emissão global de gases de efeito estufa - Reuters e O Globo, 1 de junho de 2009.

ONG acusa governo de financiar a destruição da Amazônia: O governo brasileiro financia indiretamente a destruição da Amazônia por meio de recursos destinados à criação de gado em áreas desmatadas ilegalmente, segundo afirma relatório divulgado nesta segunda-feira pela ONG ambientalista Greenpeace... o governo brasileiro é, na prática, “sócio” de grandes empresas do setor por conta dos empréstimos concedidos pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Segundo a ONG, os grandes criadores de gado do Brasil, que respondem por 50% das exportações de carne do País, receberam cerca de R$5,2 bilhões do BNDES entre 2007 e 2009 - BBC Brasil e O Estado de São Paulo, 1 de junho de 2009.

Gado é alvo difícil em luta para proteger a Amazônia: ... Alguns meses antes das negociações climáticas mundiais marcadas para dezembro, eles apontam evidências de que a pecuária é de longe o principal motor para o desmatamento, que faz do País o quarto maior emissor de carbono do mundo. O Greenpeace, que diz que o gado da Amazônia é o maior propulsor de desmatamento do mundo, lançou uma campanha na segunda-feira associando o desmatamento ilegal aos produtos bovinos vendidos por empresas na Europa e nos Estados Unidos - Reuters e O Estado de São Paulo, 1 de junho de 2009.

Amazon rainforests pay the price as demand for beef soars: … thousands of farms like it raise cattle on Amazonian pasture that was once rainforest. The farms are huge, and so is their impact. The cattle business is expanding rapidly in the Amazon, and now poses the biggest threat to the 80% of the original forest that still stands. Where loggers have made inroads to the edge of the forest in the states of Para and Mato Grosso, farmers have followed. (Florestas tropicais da Amazônia pagam o preço pela demanda por carne bovina: milhares de fazendas criam gado em pastagens na Amazônia que já foram floresta tropical. As fazendas são enormes, por isso o seu impacto. A pecuária está se expandindo rápido na Amazônia, sendo a maior ameaça aos 80% de floresta original ainda restantes. Onde os madeireiros inicialmente fizeram incursões, os fazendeiros se estabelecem) – The Guardian, da Inglaterra, 1 de junho de 2009.

Não é um descalabro?

O professor Pedro de Felício ainda me enviou um link para um relatório produzido pelo “World Cancer Reserch Found” que recomenda, entre outras coisa, limitar o consumo de carne vermelha a 700g por semana (adeus rodízio!) e a zerar o consumo de produtos cárneos processados. Citou ainda a matéria de capa da última edição da revista Veja, que trazia a ilustração de uma mulher vestida numa folha de alface, onde a carne vermelha foi, mais uma vez, tratada como vilã.

Nessa linha, aproveito para reproduzir aqui um trecho do comentário do professor Albino Luchiari, referente à matéria (“Elasticidade-baboseira da demanda por carne bovina”):

“Acredito que o consumo de carne bovina ainda irá cair ou no mínimo se manter estabilizado por um bom tempo. Carne bovina irá se tornar artigo de luxo. A sua cliente indignada não é a única. Isso que aconteceu com ela continua a acontecer quase que diariamente em muitas escolas, clubes, reuniões, etc.. Tenho um amigo também indignado, pois a vida inteira viveu da pecuária e sua filha única, adolescente, não come mais carne bovina por conta dessa propaganda. E o que é pior, ajuda a espalhar esta informação junto aos amigos. Só consome carne de frango que, segundo os entendidos (?), e, convenhamos, o Brasil é o país dos entendidos (em tudo!), é mais saudável. O estrago está feito. Espere mais alguns anos para assistir o efeito dessa geração no consumo”.

E aí. Vamos sentar e esperar?

É preciso se mexer

O processo judicial que vem sendo orquestrado pela CNA (Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária) e pela ABIEC (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne), contra o Greenpeace (em função das inconsistências presentes no último relatório anti-pecuária da ONG), mostra que há luz no fim do túnel. Finalmente um exemplo de ação coordenada de dois representantes da cadeia produtiva em defesa da pecuária nacional.

Mas ainda é pouco, muito pouco. Os grupos contrários à produção e ao consumo de carne bovina gozam de um nível de penetração na mídia e de influência sobre a opinião pública que nós ainda estamos longe de alcançar. Eles produzem uma quantidade de relatórios e estudos que nós, nem de perto, conseguimos acompanhar. O que nos falta em termos de organização e de atitude eles têm de sobra.

Acredito que as lideranças da pecuária nacional devem estabelecer, em conjunto, um plano de trabalho no sentido de:

1. Assumir publicamente um compromisso em torno da produção sustentável, no que diz respeito à questão sócio-ambiental.

2. Defender a imagem da produção nacional de carne bovina. Isso envolve reconhecer o que existe de errado, e apontar as devidas medidas de correção, e rebater (com argumentação clara, objetiva e científica) as asneiras que vêm sendo plantadas na mídia.

3. Pleitear, junto ao Estado, que além das ações de fiscalização e de coibição da produção pecuária, seja também encontrado um espaço para políticas de incentivo, via crédito facilitado e benefícios fiscais, à intensificação da produção e à preservação ambiental. No caso da região da Amazônia Legal, vale a pena a criação de um programa específico, em que o volume e a facilidade de acesso a esses incentivos seja diretamente proporcional à exigência de área de reserva.

É preciso se mexer. A cada dia o cenário apresentado na matéria passada se mostra mais factível. Ou a cadeia se mobiliza agora, ou amanhã poderá apenas lamentar a perda de mercado.


 


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